Residentes na freguesia de Cacia ´cobram´ promessas eleitorais de Ribau Esteves

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Câmara de Aveiro, reunião de executivo.
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Cerca de duas dezenas de moradores da Vila de Cacia compareceram ontem, na reunião pública do executivo camarário.

Uma presença para exigir melhoramentos na antiga estrada nacional 109 que a atual maioria prometeu para acabar com o martírio causado pelo intenso tráfego.

O grupo, no qual se integrou o presidente da Junta de Freguesia, Nelson Santos, já tinha ensaiado o discurso em recente assembleia de freguesia. Sem respostas satisfatórias da parte do autarca, que remeteu para a Câmara, os residentes decidiram eles próprios relembrar as queixas e exigir compromissos.

“Quando ouvir dizer que o senhor engenheiro vinha para Aveiro, disse que era o homem certo no lugar certo. Num jantar de campanha eleitoral em Cacia disse que seria uma grande prioridade resolver estes problemas, que iria desatar o pórtico da A25”, lembrou Casimiro Machado, o primeiro residente a tomar da palavra.

O anterior mandado esgotou-se e com o segundo em marcha, os cacienses resolveram cobrar “as promessas” feitas. “Fazem-se obras que podiam esperar. Pelo menos no segundo mandato tem de cumprir”, reclamou.

Para Casimiro Machado, devia ter sido prioritário colocar passadeiras, arranjar as valetas que impedem a circulação adequada de peões e não retiram águas pluviais e desviar o tráfego, sobretudo pesado que, além de quase bloquear circulação local e gerar grande insegurança faz “abrir fendas” nas casas . E não “gastar dinheiro numa avenida, para remendar um bocado, quando a Navigator tem uma ferrovia e não devia precisar de camiões TIR” que vão beneficiar da ligação a norte. “O nossos problemas estão acima”, vincou.

“Estou prisioneira dentro da minha casa. Quando chove, aquilo é um rio, só de galochas. Quando não chove não posso sair por causa do trânsito e das valetas”, queixou-se Maria Lúcia, idosa, cansada de ver solução para “problemas que não são de agora”.

Ribau Esteves, na resposta, relembrou que está em marcha “um plano de requalificação total” com investimentos de oito milhões de euros entre a zona das Glicínias e a ponte de Cacia, uns já no terreno, outros ainda não se vê, estão em projeto, para resolver os problemas da via, dos cruzamentos com maiores risco, das águas pluviais, dos passeios”, entre outros, “mas não se pode fazer tudo ao mesmo tempo”. O prazo de execução para a maioria das intervenções é 2020.

Dos pórticos, cuja eliminação iria tirar grande parte da carga de trânsito, “continua a luta” junto do Governo.

O “lapso de memória” do presidente da Junta

“Não pedimos desculpa pela demora e pelos inconvenientes, mas compreensão, para gerirmos o melhor possível e as obras serem breves. No fim, o nível de qualidade de vida vai ser melhor”, garantiu Ribau Esteves que não deixou escapar algum desconforto por ver os moradores reencaminhados para a Câmara. “O presidente da Junta sabe disto, teve um lapso de memória. Apesar de ser jovem, acontece”, rematou, depois de adiantar que a Câmara procura “um novo nome” para designar a antiga 109, que tem várias “ruas” atribuídas, gerando confusão.