Paulo Jorge Ferreira apresentou hoje o seu programa de ação para o segundo mandato como reitor da Universidade de Aveiro (UA), sendo o único pretendente ao cargo, ao contrário do que sucedeu há quatro anos, em que teve a companhia José Fernando Mendes.
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Perspetivando os próximos anos da instituição de ensino superior, o recandidato a reitor deu conta do “desafio” que é a “transição para uma dimensão global”, uma vez que são esperados “mais estudantes deslocados” com uma universidade “mais internacional”, tendo Aveiro sido pioneira na criação de um gabinete de acolhimento de estudantes estrangeiros (os não portugueses representam 17% do total, com 95 nacionalidades)
Na intervenção feita perante o Conselho Geral, Paulo Jorge Ferreira deixou um alerta a ter em conta no médio prazo, uma vez que “demograficamente a população jovem vai reduzir-se”. Por isso, importa “alargar a bacia demográfica para ser menor o risco”.
A UA deverá, no seu entendimento, também, ter “uma oferta educativa tradicional para outras geografias” de forma a continuar a internacionalizar, assim como “novas formações para dar resposta a novas necessidades, como a requalificação” de novos públicos.
Em 2020, os estudantes fora do distrito de Aveiro ultrapassaram os residentes. Os estrangeiros cresceram 58 %.
A UA atraiu mais alunos e de mais longe, mas também “muito melhores”, avaliados os indicadores de qualidade e notas de acesso. O crescimento nestes vertentes tem sido “especialmente” notório na oferta politécnica.
O recandidato a reitor, considera que o ensino superior passa um “momento chave” com as “crises”, como a pandemia, e as respostas esperadas, também nas instituições académicas, do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). “É um momento transição local e global, a universidade tem de dar passos seguros, tornar-se sustentável, ativa e visível de fora do seu local de conforto”, perspetivou.
(em atualização)
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