“Muito orgulho” no trabalho feito e “enormes expetativas para o futuro”. A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) assinalou 35 anos de intermunicipalidade, também, com reivindicações dirigidas à administração central, exigindo uma “verdadeira autonomia” e intervenção direta na gestão, como se pretende continuar a ter no âmbito da nova sociedade Polis, a aguardar ‘luz verde’ do Governo.
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“Este é o fórum que não nos pode dividir. A grande força de Aveiro está na capacidade realizadora, porque tem unidade, sempre foi um exemplo. O território foi sempre o que nos uniu, que deixou para trás as poucas coisas que dividiam”, sublinhou Joaquim Batista, presidente da CIRA ao encerrar a sessão evocativa do 35º aniversário de associativismo intermunicipal.
Repescando um exercício de prospetiva que antecedeu o encerramento da sessão, o autarca murtoseiro aproveitou para defender “um formato administrativo diferente” das comunidades intermunicipais.
“Daqui por 15 anos ? Espero que quase tudo mude, para sermos todos mais consequentes. Desde a administração central, que tem de acreditar nos territórios, dar uma verdadeira autonomia. É o tempo de acreditar nas regiões. Termos autonomia de decisão, não para gerir sozinhos, mas decisores também, não meros executores. Num modelo de co-gestão a partir da região, para produzir decisões”, defendeu Joaquim Batista, alertando, ainda, para “o calvário de pareceres” que não chegam em ‘tempo útil’ pondo em causa acesso a financiamentos para investimentos diversos (áudios disponíveis abaixo).
Discurso direto
“Quais os desafios que o associativismo intermunicipal em Aveiro pode ajudar a resolver ? O desenvolvimento económico sustentável e inclusivo é um dos principais desafios da região. Pode facilitar a colaboração entre empresas e instituições, em rede para a inovação e economia mais verde; Projetos conjuntos podem focar áreas como o turismo sustentável, agricultura local e economia circular. O associativismo ajuda a coordenar esforços para combater a desigualdade entre municípios e distribuir recursos de forma mais equitativa, com acessos a serviços essenciais e oportunidades; Na mobilidade e transportes, com soluções mais atrativas; Mudanças climáticas e sustentabilidade ambiental: numa região vulnerável, importa implementar políticas de proteção ambiental e conservação dos ecossistemas. É fundamental; Capacitação e formação de recursos humanos adaptada às necessidades, em colaboração com instituições, especialmente nas áreas ligadas às tecnologias e sustentabilidade; Atração e retenção jovens, através de empreendedorismo; A integração social e a inclusão; A transição digital, onde Aveiro está posicionada de maneira proativa” – Isabel Damasceno, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional da Região Centro (CCDRC).
Concerto comemorativo e balanço da concessão de transportes
Sábado, dia 19, pelas 16:30, decorrerá o tradicional concerto com a Orquestra Filarmonia das Beiras, este ano no Quartel das Artes, em Oliveira do Bairro, sob a direção do maestro convidado Pablo Urbina, com o tenor Carlos Guilherme e a soprano Isabel Alcobia, num programa “com o encanto das canções napolitanas e da tradicional Zarzuela”.
Por fim, a 30 de outubro, quarta-feira, pelas 15:00, na sede da CIRA, será assinalado o primeiro ano da operação de transportes intermunicipais, que está concessionada à BUSWAY Região de Aveiro.
(em atualização)
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