Região: Câmaras e populações iniciam levantamento dos prejuízos dos maiores incêndios dos últimos anos

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Bombeiros em vigilância florestal.
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Dominados os fogos florestais, que permanecem em apertada vigilância por parte do dispositivo ainda no ‘terreno’, os municípios mais afetados na região começam, desde já, a fazer o levantamento dos prejuízos materiais. À vista está, igualmente, a perda de valor de proprietários da mancha florestal (eucalipto, em grande medida, e madeira). O “complexo de incêndios” de Oliveira de Azeméis, Albergaria-A-Velha, Sever do Vouga e Águeda atingiu, desde o fim-de-semana, um perímetro de 300 quilómetros. Estimava-se, pelo sistema Copernicus, que cerca de 30 mil hectares de povoamento florestal e mato terão ardido (sensivelmente um terço do total nacional).

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O Governo, numa reunião em Aveiro ainda com os fogos ativos, mostrou logo total empenho em dar celeridade à atribuição de apoios para os casos com maiores perdas, sejam casas ou empresas. As autarquias devem encaminhar também danos em equipamentos públicos, como infraestruturas básicas.

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A Câmara de Sever do Vouga informou, hoje, que “está a proceder à contabilização dos danos e perdas resultantes dos incêndios” que terão consumido cerca de 7 mil hectares, um número necessariamente provisório. Por isso, agradece que os lesados “se dirijam os serviços municipais para mais informações” de como proceder.

Prepara-se, assim, “a inventariação e valorização dos danos e perdas decorrentes de incêndios”, que tiveram duas origens distintas e se multiplicaram. Bombeiros e populares nem sempre conseguiram evitar a destruição de casas e outros equipamentos, incluindo instalações fabris (2).

Oliveira de Azeméis foi o primeiro concelho, logo no sábado passado, onde deflagraram chamas. “Ainda não há balanço uma vez que as equipas ainda andam no terreno”, informou fonte da presidência.

Esta quinta-feira, a Câmara agradeceu “a todos, munícipes, instituições, associações e empresas que, de forma exemplar, demonstraram uma onda avassaladora de generosidade perante os incêndios”.

Uma “mobilização de esforços” que se revelou importante “para apoiar aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade”. A edilidade destaca, também, os “valentes bombeiros que enfrentaram as chamas”, com um empenho que “tem sido notável”.

Ao longo dos últimos dias foram já recebidas doações de mobílias, mantimentos e a disponibilização de espaços para emergências, entre tantas outras formas de apoio que o município irá agora distribuir pelos necessitados. Um “gesto de solidariedade” que “é um reflexo do compromisso cívico que caracteriza a nossa comunidade”, sublinha a autarquia oliveirense, concluindo que continuará “a trabalhar com determinação e solidariedade” para “apoiar aqueles que mais precisam.”

Em Albergaria-a-Velha, registaram-se duas vítimas mortais civis, não diretamente envolvidas no combate a chamas, e cinco feridos (uma idosa está internada em estado grave).

O município já tem uma lista provisória de prejuízos materiais mais relevantes que dá conta de danos em seis dezenas de habitações (entre as quais uma usada também como alojamento local), 11 empresas, dois centros de automóveis. 40 famílias ficaram desalojadas, mas na sua maioria estão ao encargo de familiares.

Por Águeda, há conhecimento de várias casas devolutas destruídas e, pelo menos, de uma oficina de automóveis. A Câmara vai instalar um ‘gabinete de apoio’ às vítimas, facultando informação também quanto às ajudas estatais que venham a ser disponibilizadas.

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