Reformados: Executivo PS recusa-se a tomar medidas necessárias

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Reformados (imagem genérica).

Temos boas razões para estarmos confiantes na força que representamos e na luta que travamos e nos une em defesa das nossas reivindicações. Confiança que advém da justeza das dez medidas de emergência social que aprovámos, exigindo a sua aplicação.

Por Casimiro Menezes *

O Governo, enleado em contradições, resolveu atribuir aos reformados um insuficiente aumento a partir de Julho, na sequência do protesto, promovido pelo MURPI e pela InterReformados, junto à Assembleia da República e em outras localidades do País. Além de não repor o poder de compra perdido, o Executivo PS recusa-se a tomar medidas necessárias, como o controle dos preços de bens essenciais, que continuam a aumentar, apesar da ligeira redução da inflação. Porque esta é a natureza deste Governo, importa estarmos atentos, mantermos as nossas reivindicações e lutarmos pela aprovação de novas medidas na saúde e na proteção social, que contribuam para a melhoria das condições de vida dos reformados e da restante população.

Foi com esta confiança que realizámos, a 7 de Maio, em Benavente, o 26.º Piquenicão Nacional do MURPI, uma grande festa da cultura com a participação de mais de quatro mil reformados e suas famílias, que assistiram à atuação, festiva, de 55 grupos de cantares e de música, repartidos por três palcos. Foi um dia de luta, de alegria e de cultura, valores que foram devidamente realçados durante as intervenções políticas, com destaque para as palavras proferidas por Isabel Gomes, presidente da Confederação MURPI, que reivindicou a necessidade do apoio financeiro às Associações de Reformados para o desenvolvimento das atividades culturais.

Também a marcha «Mais SNS, Melhor Saúde», realizada a 20 de Maio nas cidades de Coimbra, Lisboa e Porto, teve uma forte participação dos reformados e das suas organizações representativas, que saíram à rua pelo reforço do Serviço Nacional de Saúde, assegurando o direito aos cuidados de saúde de proximidade e de qualidade. Chegou a altura de nos mantermos atentos e decididos a lutar, diariamente, pelo direito ao médico e enfermeiro de saúde, bem como à humanização do atendimento, combatendo as longas filas de espera que madrugam pelo direito a uma consulta que tarda!

No dia 27 de Maio assinalámos os 45 anos da fundação do MURPI na cidade de Beja, com uma festa que teve como lema «45 Cravos de Abril, Lutando pelos Direitos dos Reformados». Ali foi reavivado o espírito fundador de milhares de dirigentes e ativistas da causa dos reformados, geração de Abril, que souberam trazer até nós a centralidade da luta pela defesa dos direitos dos reformados, um contributo para o progresso de Portugal.

* Editorial do jornal ‘A Voz dos Reformados’, orgão da MURPI – Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos.

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