As intervenções de desassoreamento em curso em vários locais da Ria de Aveiro foram reforçadas recentemente com mais equipamentos.
Informação avançada esta quinta-feira pela sociedade Polis Litoral Ria de Aveiro, ‘dona da obra’, num ponto de situação da empreitada.
Uma draga que já efetuou testes em frente ao porto de abrigo da Torreira e dois equipamentos acessórios passaram a operar nos trabalhos de dragagem e de contenções marginais em zonas de acentuada erosão.
A intervenção de desassoreamento, acrescenta a Polis Ria, prossegue nos quatro canais principais da laguna.
A norte abrangendo o Canal de Ovar (troço entre a Azurreira e a marina do Carregal, com repulsão dos sedimentos para o mar) e o Canal da Murtosa, (frente à ilha da Gaga, com repulsão dos sedimentos na margem da ria, a poente da Praia do Bico).
A sul, as dragas situam-se no Canal de Mira (a sul da Costa Nova, com repulsão dos sedimentos para o mar e no Rio Boco, Canal de Ílhavo) e entre as pontes de Água Fria e de Vagos (com repulsão para uma parcela na margem nascente deste canal).
Segundo a Polis Ria, continuam ainda operações de colocação de paliçadas em madeira nos depósitos nas margens da ria, para contenção dos sedimentos dragados (Ovar, Estarreja, Murtosa e Ílhavo).
Por outro lado, está em preparação iniciar os trabalhos de rebaixamento da conduta de águas residuais que atravessa os Canais de Mira e de Ílhavo, por forma a permitir o aprofundamento dos mesmos.
Dragagem de cerca de 1 milhão de m3 inertes
A empreitada de ‘Transposição de Sedimentos para Otimização do Equilíbrio Hidrodinâmico na Ria de Aveiro’ arrancou a 23 de abril de 2019, tendo sido adjudicada pelo valor de 17,5 milhões de euros + IVA, com um prazo de execução de 15 meses.
O projeto prevê dragar cerca de 1 milhão de m3 de sedimentos nos canais de Ovar até ao Carregal e até Pardilhó, da Murtosa, de Ílhavo (rio Boco), de Mira, no Lago do Paraíso e na Zona Central, numa extensão global de 95 km, bem como o reforço de margens e motas em zonas baixas ameaçadas pelo avanço das águas e da deriva litoral, “contribuindo desta forma para a minimização de riscos, especialmente de erosão costeira.”
A ação é financiada pelo POSEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, com uma comparticipação de 75%, sendo a contrapartida nacional assegurada pelo capital social proveniente do Estado e pelas Águas do Centro Litoral, no que respeita à estabilização das suas condutas.
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