A separação de resíduos em S. João da Madeira permitiu enviar para reciclagem, em 2021, mais de 1600 toneladas, dando continuidade a uma progressão constante que se regista desde 2018, com os três últimos anos a serem, sucessivamente, os melhores desde que se iniciaram estes registos.
Percentualmente, o crescimento da recolha seletiva total de 2020 para 2021 foi de 13,2%, em contraciclo com o que se verifica a nível nacional, em que se regista uma diminuição das quantidades enviadas para a reciclagem.
Em 2021, cada sanjoanense separou, em média, cerca de 75 kg de resíduos, que foram, assim, enviados para reciclagem. Um número bem acima dos mais recentes conhecidos a nível nacional e na área da Ersuc, que se situam em cerca de 50 kg por habitante.
Esta evolução coincide, em grande medida, com o desenvolvimento, pela Câmara Municipal de S. João da Madeira, do sistema de recolha porta a porta nas moradias do concelho, que já chega a mais de 2200 habitações, que se somam a cerca de 300 estabelecimentos comerciais e a 22 escolas.
Redução dos resíduos indiferenciados
Paralelamente, S. João da Madeira conseguiu reduzir a produção de resíduos indiferenciados em 1,8%, outro dado positivo, que tem sido registado de forma consistente nos últimos anos, permitindo que, de 2020 para 2021, o rácio por habitante tenha baixado cerca de 55 kg.
Mesmo assim, o total de resíduos indiferenciados produzidos por habitante no nosso concelho é superior a 389 kg por ano, sendo melhor do que a média nacional, mas ficando ainda aquém do desejável, pois o vulgarmente chamado lixo comum representa 84% do total de resíduos produzidos, enquanto os seletivos, apesar da grande evolução registada, são apenas 16%.
Este quadro justifica a continuidade do forte investimento municipal neste setor, como foi salientado na sessão de apresentação dos resultados da gestão de resíduos, que decorreu nas instalações da Oliva Creative Factory.
O presidente da autarquia, Jorge Vultos Sequeira, salientou a importância de prosseguir o desenvolvimento do sistema de recolha porta a porta, que entretanto, vai ser alargada à fileira dos biorresíduos, além de começar já a chegar igualmente aos prédios coletivos, com um projeto-piloto a decorrer no bairro do Orreiro.
Exemplo nacional
Na sessão interveio também José Calhoa, administrador da Ersuc, que elogiou o trabalho que vem sendo realizado nesta área por S. João da Madeira, apontando-o mesmo como um exemplo nacional.
Para isso, tem sido e continuará a ser fundamental o papel de sensibilização e educação ambiental colocado em prática em parceria com as escolas, como salientou o presidente da Câmara Municipal, saudando as professoras que estiveram presentes na cerimónia a convite do município.
Câmara de S. João da Madeira
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