PS/ Eleições: O perfil mais adequado para liderar o Partido e o Governo

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Pedro Nuno Santos (PS).

Pretender que o PS pudesse ser composto por alas distintas ou justapostas, quase sem vasos comunicantes, onde umas se situariam “mais à esquerda” enquanto outras nem sequer “à esquerda” se situariam, é falso e só pode ser sustentado por quem, na verdade, não conhece o PS.

Por Filipe Neto Brandão *

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Nos próximos dias 15 e 16 de dezembro, os militantes do Partido Socialista serão chamados a eleger o seu Secretário-Geral e, estando estas já pré agendadas, o seu candidato a Primeiro-Ministro às eleições legislativas de 10 de março de 2024.

O PS é hoje, com todos os aggiornamentos que o tempo impôs, o mesmo que sempre foi desde a sua fundação: a casa comum do socialismo não dogmático, democrático e pluralista, da esquerda e centro-esquerda progressistas, comprometido com os valores da liberdade e igualdade, empenhado na redução das desigualdades e na construção de um país mais próspero, justo e solidário.

Foi – é -, sem dúvida, essa pluralidade (também interna) que guindou o PS, desde as primeiras eleições legislativas até hoje, à condição de grande partido português que é. Somos, todos os que nele militamos, herdeiros do seu passado, fautores do seu presente e construtores do seu futuro.

A integração de Portugal na NATO, a nossa participação no projeto de construção europeia são, entre outros, compromissos partilhados por todos os militantes do PS, do mesmo modo que hoje o é o compromisso na manutenção de uma trajetória de redução do nosso endividamento externo, conscientes que estamos, todos, da importância de, assim, promovermos a remoção de obstáculos ao nosso crescimento, através do reforço da capacidade da economia para se autofinanciar; da redução da vulnerabilidade do país às oscilações dos mercados financeiros onde se financia e, sobretudo, afastando-nos de níveis elevados de serviço da dívida que condicionam a política orçamental, impondo opções que, muitas vezes, comprometem quer o investimento quer a despesa social.

Pretender que o PS pudesse ser composto por alas distintas ou justapostas, quase sem vasos comunicantes, onde umas se situariam “mais à esquerda” enquanto outras nem sequer “à esquerda” se situariam, é falso e só pode ser sustentado por quem, na verdade, não conhece o PS.

Os militantes do PS serão, pois, chamados a escolher, de entre os vários candidatos – e a todos democraticamente saúdo -, aquele cujo perfil mais se adequará a liderar o Partido, primeiro, e o Governo, depois, sendo que importa assegurar as condições para que aquele que venha a vencer as eleições internas de dezembro possa conduzir unido o Partido às legislativas de 10 de março.

Sendo deputado eleito pelo círculo eleitoral de Aveiro, tive o privilégio de fazer várias campanhas eleitorais ao lado de Pedro Nuno Santos. Posso, pois, testemunhar o seu invulgar carisma, inconformismo e ímpar capacidade de mobilização. Mais do que isso, uma sólida formação técnica e política, que todos quantos já com ele debateram ou assistiram a debates em que tenha participado, de imediato reconhecerão. E testemunho igualmente uma qualidade rara num dirigente partidário – e imprescindível num SG e PM -, ainda que possa não ser evidente: saber ouvir. Ouvir, ponderar e evoluir.

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Portugal está hoje numa encruzilhada. Ou prossegue, aprofundando-o, um caminho de convergência com a média da UE, com crescente valorização do trabalho, salários e pensões, com melhoria generalizada dos indicadores sociais (os mesmos que, nos últimos anos colocaram o risco de pobreza em Portugal abaixo já da média europeia) ou regredirá, se permitir que a Direita regresse ao poder.

Precisamos de um Estado regulador forte e democraticamente responsável, sem o qual não seremos capazes de responder aos desafios colocados pelo combate às alterações climáticas. O combate aos populismos, ao negacionismo climático, à xenofobia, às desigualdades, exige também, cada vez mais, a um tempo, clarificação e determinação.
Exige, pois, creio-o bem, Pedro Nuno Santos como Secretário-Geral do Partido Socialista.

* Candidato a Delegado pela Lista A1 (na concelhia de Aveiro).

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