Sérgio Lopes, Vereador eleito pelo Partido Socialista, desafiou a maioria liderada pelo movimento independente Unir para Fazer a concretizar a mudança na governação da Câmara Municipal de Ílhavo a que estão obrigados pelo resultado das eleições autárquicas de setembro de 2021, agora que está aprovado o Relatório e Contas de 2021.
Afirma o vereador socialista que concluído o balanço do ciclo político anterior, o Relatório e Contas, e volvidos seis meses de mandato da atual maioria, termina o período de adaptação dos novéis eleitos e dissipa-se o álibi do desconhecimento da situação em que se encontra a Câmara.
O PS sublinha que, tendo em conta os sinais deixados no incipiente Plano e Orçamento para 2022, que apresentava como intenção estrutural o prosseguimento das opções da maioria anterior liderada pelo PSD, preocupa que o desperdício dos recursos financeiros do Município se mantenha.
Sérgio Lopes afirmou que o Relatório e Contas demonstra que a crise pandémica não foi um estorvo para a tesouraria da Câmara. Fruto da paralisação parcial ou total de muita da sua atividade e da falta de vontade política em redirecionar esses recursos para o apoio social e económico a famílias, associações e comerciantes, a Câmara regista há largos meses, de forma estrutural, saldos de tesouraria históricos que não são um bom indicador sobre a capacidade de atuação da autarquia.
Defendeu, portanto, que a capacidade orçamental da Câmara permite ao executivo municipal fazer mais. Admitiu que o contexto internacional é exigente e terá impactos orçamentais que devem ser acautelados, mas essa situação não pode conduzir ao imobilismo. O autarca alertou que as dificuldades que já são sentidas pelas famílias, empresas e associações exigem da Câmara um olhar atento e, no quadro das suas possibilidades e competências, o pertinente apoio.
Para esse efeito, defendeu prioridade imediata para a redução da taxa de IMI para o mínimo legal, apoio suplementar às associações, reforço do investimento na educação e saúde, designadamente na comparticipação do custo das famílias com creches, oferta dos manuais de apoio em todos os ciclos de ensino obrigatório, requalificação dos centros de saúde e criação de gabinete de medicina dentária nos centros de saúde.
Sérgio Lopes antecipou a preguiça argumentativa com que esta maioria, liderada pelo UPF já mimetiza a maioria anterior, liderada pelo PSD, que, para justificar as opções incipientes previstas no Plano e Orçamento para 2022, se tem escudado na pretensa falta de recursos. O autarca do PS recorda que o saldo de gerência de mais de 4 milhões de euros resultante do exercício de 2021 demonstra que há recursos financeiros para fazer mais e melhor. Apelou também ao debate sério sobre as opções de poupança em desperdícios fúteis para garantir, em alternativa, investimento na ação social e no apoio aos pequenos comerciantes.
O PS assevera que, enquanto a atual maioria persistir nas opções da maioria do passado, a mudança que os eleitores exigiram em setembro de 2021 fica por concretizar. Terminado o período de adaptação do novo executivo municipal, estão, aqueles que constituíram essa maioria social de mudança, expectantes que os intérpretes escolhidos demonstrem capacidade de a concretizar. De outro modo, o PS vaticina que, a breve prazo, vir-se-á a constatar que entre o UPF e o PSD só muda a nomenclatura.
Partido Socialista de Ílhavo
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