Os Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, Eduardo Conde, Sérgio Lopes e Sara Pinho, manifestaram reservas quanto ao estudo preliminar de requalificação do espaço urbano central da cidade de Ílhavo apresentado pela maioria PSD em recente reunião da Câmara Municipal de Ílhavo.
Exigiram ainda que a maioria aproveite o período até à aprovação do projeto final para promover um amplo debate público sobre a ideia de requalificação daquela área que incide sobre o Jardim Henriqueta Maia.
Eduardo Conde referiu que o estudo preliminar deve servir para lançar a discussão pública, sustentada num processo de participação que forneça aos munícipes toda a informação, de modo a suscitar o contributo de todos quantos se interessem pelo futuro do centro cívico da cidade.
O Vereador asseverou que o debate público será a maior garantia de perenidade das soluções encontradas, para que se evitem mais requalificações em cima de requalificações passadas, com prejuízo para o orçamento municipal e para a afirmação do centro da cidade como espaço de coesão identitária.
Os autarcas do PS aproveitaram a apreciação do estudo preliminar para manifestar algumas reservas em relação às soluções apresentas. Defenderam que o documento oferece ainda muitas dúvidas, que é possível e desejável melhorar bastante o projeto final no sentido de alavancar dinâmicas sociais estruturantes no centro de Ílhavo.
Ainda que tenham manifestado concordância com os princípios que aparentemente lhe estão subjacentes – de criação de uma praça de eventos, dado o falhanço da praça do Centro Cultural; de reforço dos espaços verdes, dada a razia operada aquando da última requalificação; de reforço das condições de circulação pedonal e ciclável em detrimento do intenso fluxo rodoviário – apresentaram dúvidas quanto aos métodos encontrados para operacionalizar essas vontades.
Eduardo Conde sublinhou que “se a proposta não for substancialmente melhorada, esta empreitada resultará num mero rearranjo de uma requalificação feita há poucos anos, pelo que não justificará o investimento previsto de mais de 1 milhão de euros. Exige-se que sirva para deixar de continuar mal e sem utilização para ficar definitivamente bem e gerador de vivências.”
PS de Ílhavo