O PS expressa concordância com uma “política de regeneração urbana “através da reabilitação física de um espaço construído e envolvente”, como o município local pretende levar a cabo na cidade, de forma “a reforçar a sua centralidade, a valorização ambiental e promover uma premente melhoria da acessibilidade, conforto e segurança”. Em comunicado, a concelhia socialista dá conta, no entanto, de “duas premissas que justificam o nosso ceticismo sobre o que se prevê executar”.
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Por um lado, o PS lembra intervenções anteriores, como aconteceu na Praça Francisco Barbosa, sem os resultados esperados. Por outro, “o autor deste estudo prévio é o mesmo das intervenções nos centros cívicos de Pardilhó e de Canelas, entre outras, que têm como características o abate de árvores, a aplicação de pisos pouco adequados a implementação de equipamento urbano pouco confortável, tornando os espaços longe de acolhedores”. Por isso, a estrutura local vem propor o lançamento de um concurso público de concessão, com a assessoria técnica da Ordem dos Arquitetos, para que “haja a possibilidade de nos abrirmos a novas propostas e visões”.
O estudo de intervenção dado a conhecer pela maioria PSD-CDS coloca reservas à oposição. “Não nos pronunciaremos sobre a prioridade desta intervenção em relação às divertidíssimas carências de que o concelho padece”,ressalva o PS, focando-se, para na Praça Francisco Barbosa, o núcleo central, que, alertam os socialistas, será posto em causa. “A proposta em discussão não considera” o passado de centro cívico “e divide” o espaço, prevendo um estacionamento subterrâneo na zona em frente ao emblemático café Miranda. “Até poderia ser necessário, se não existisse um estacionamento subterrâneo por trás da câmara, com cinco pisos, de utilização gratuita, que terá uma utilização de 50% do espaço nos dias de maior afluência (para sermos generosos)”, ironiza o PS.
Medidas propostas para a Praça Francisco Barbosa – análise do PS de Estarreja.
A concelhia alerta também para a medida “transversal a toda a proposta” que considerando que “as árvores existentes hoje no centro de Estarreja são desajustadas, impróprias e que não dão jeito nenhum no sítio em que se encontram, propondo-se o abate com uma leviandade preocupante”.
A proposta redimensiona os passeios, aumenta-os em largura, parecem ganhar espaço ao automóvel, no entanto, estranha o PS, “a rede viária não integra outros meios de mobilidade, nomeadamente ciclovias, principalmente no percurso de acesso à estação da CP” onde os socialistas dizem fazer falta mais estacionamento.
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