PS considera inaceitável que Câmara de Ílhavo poupe dinheiro durante crise sanitária

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Assembleia Municipal de Ílhavo (arquivo).

Os Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, Eduardo Conde, Sérgio Lopes e Sara Pinho, consideram que o Relatório e Contas de 2020 da Câmara Municipal de Ílhavo é demonstrativo de que o ano anterior, somando-lhe o que teve de inédito quanto à crise santiária, reforçou a constatação de que ao longo dos últimos sete anos, as escolhas que o PSD fez foram e continuarão a ser sempre às custas da sobrecarga fiscal dos Munícipes, nunca às custas de uma redução de despesa rigorosa, sempre ignorando a necessidade de uma ação política estratégica que resolva os problemas estruturais do Município, que tanto prejudicam a sustentabilidade do território e a qualidade de vida dos Munícipes.

Os eleitos socialistas relataram que a crise pandémica encontrou em Ílhavo um executivo pouco dinâmico e resiliente, deixou evidente a sua fraca capacidade de resposta aos problemas emergentes, a sua incapacidade de lidar com uma crise, sem esquecer os desafios de sempre e o normal cumprimento da gestão corrente.

A evidência, segundo os Vereadores do PS, de que a Câmara fez poucochinho é tal que a própria estratégia de propaganda da maioria PSD incorporou no balanço dos ditos apoios COVID meio milhão de euros de redução de receita de impostos decidida em outubro de 2019 (a maioria PSD sabia em outubro de 2019 que enfrentaríamos uma crise pandémica e não avisou ninguém?). Incorporou aquele montante, porque não é satisfatório comunicar que os custos da autarquia com a resposta à pandemia não ultrapassam os 700 mil euros. É pouco, ademais se se tiver em conta que a paralisação da atividade municipal, alguma dela de forma injustificável, resultou em poupanças de milhões que deviam ter sido canalizadas para o combate aos efeitos sociais e económicos da crise sanitária.

Relembram que ultrapassada a fase mais aguda da primeira vaga, daí em diante a maioria PSD adotou uma postura passiva e de cumprimento do mínimo exigível. É certo que apoiou as instituições diretamente afetadas, como as IPSS; é certo que cumpriu na execução de medidas de contingência, na compra de equipamentos de proteção individual; é certo que definiu um plano mínimo de alívio de despesas e facilitação de sobrevivência ao comércio local.

Mas a Câmara falhou na execução de um verdadeiro plano de emergência. Fez pouco na sensibilização da população. Fez pouco no apoio às famílias e às associações. Fez pouco no apoio e estímulo ao comércio local, sempre ignorando as inúmeras propostas dos Vereadores do PS.

A verdade é que num ano em que os Governos se endividaram como nunca, as empresas recorreram a apoios estatais como nunca, as famílias viram rendimentos cortados como nunca; num ano em que toda a gente gastou o que tinha e o que não tinha para sobreviver, a Câmara poupou, como bem demonstram saldos de tesouraria a rondar persistentemente os 4 milhões de euros, ou a poupança de 1 milhão de euros em despesas com fornecimento de serviços de terceiros e custos com prestações sociais. Isto, num ano em que os proveitos aumentaram em mais de meio milhão de euros.

Partido Socialista de Ílhavo

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