Promoção turística ainda apresenta baixos níveis tecnológicos na região

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Costa Nova, Ílhavo (imagem divulgada em awm-portugal.com).
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O desenvolvimento tecnológico tem sido um dos principais motores para as transformações sentidas pelo setor económico relacionado com a atividade turística.

Observatório do Emprego da Universidade de Aveiro *

No contexto das TICE (Tecnologia da Informação, Comunicação e Eletrónica), a Internet revolucionou a forma de atuação e de posicionamento de todos os intervenientes nos canais de distribuição turística (Ramos et al, 2009).

Segundo um estudo desenvolvido pelo Núcleo de Apoio ao Investimento Turístico do Turismo Centro de Portugal, o setor do turismo soube evoluir acompanhado as novas tecnologias e tirando partido das suas funcionalidades.

Para o núcleo, a internet veio mudar radicalmente a forma de viajar e até de experienciar as viagens.

Se, antigamente, o destino era escolhido por catálogo, com a ajuda de operadores turísticos, agora são os turistas que procuram, na internet, a forma de viajar e todas as informações sobre o local que querem visitar.

De acordo com as atividades realizadas pelo Observatório do Emprego com o setor do Turismo, no que se refere às tecnologias, este é um setor que na região ainda apresenta baixos níveis de adoção.

Nestas destacam-se principalmente as plataformas de gestão operacional do negócio ou de reservas online e App, ou os QRCodes, bastante potenciados nesta altura da pandemia. Para a maioria das empresas, digitalização significa essencialmente uma maior visibilidade no mercado, portanto, o foco passa inevitavelmente pela área do marketing digital.

A digitalização e as suas oportunidades não se resumem a esta área e o não aproveitamento das oportunidades pode ser crucial no futuro de um setor maioritariamente constituído por microempresas, com uma capacidade de investimento mui-to limitada.

Urge, por isso, por um lado responder às suas necessidades imediatas, mas igualmente, no médio prazo apostar em outras competências digitais que potenciem o crescimento do negócio, mas também em outras competências digitais que potenciem o crescimento do negócio, mas também a evolução necessária a beneficiar em pleno a digitalização.

O setor do Turismo da região apresenta-se a duas velocidades no que respeita à adoção tecnológica. Por um lado, organizações de maturidade digital extrema-mente baixa e onde a visão para iniciar processos de implementação digital não parece ser refletida nas atividades e, por outro lado, outras organizações que encaram a adoção tecnológica como funda-mental (e mesmo vital) para o crescimento e competitividade dos seus negócios.

Isto parece indicar que as entidades responsáveis pelo planeamento da e formação qualificação neste setor terão de definir duas estratégias distintas, adequadas a ambos os contextos.

Se, no primeiro caso, se trata de uma questão de sensibilização (até) para a digitalização, no outro, importa igualmente disponibilizar a for-mação de base e contínua que alimentem as necessidades dos talentos e empresas da região neste setor.

* Edição da newsletter do mês de agosto. Outros temas abordados: “Necessidades de competências em Aveiro: A voz às empresas do Turismo” e “Presença digital no turismo em Aveiro”.

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