Resíduos da indústria da chapelaria estão a ser usados para o desenvolvimento de novos materiais e produtos de valor acrescentado que podem ter aplicação em diferentes mercados numa perspetiva de economia circular que já mereceu a atenção da União Europeia.
“Felt the Future”, assim se chama o projeto que tem vindo a ser desenvolvido pela ‘Sanjotec Design Lab’ na Sanjotec – Parque de Ciência e Tecnologia de S. João da Madeira.
Este “sistema modular personalizável” permite a incorporação de funcionalidades tecnológicas, nomeadamente ao nível do som e da iluminação.
O projeto envolve ainda a Givaware, uma spin-off da Universidade do Minho e empresas sanjoanenses, como a Fepsa e as startups Feltrando e Olives, ligadas ao ecossistema da indústria da chapelaria, que tem em S. João da Madeira um dos principais polos mundiais.
Segundo uma nota de imprensa da autarquia local, gestora da Sanjotec, o trabalho incluiu também série de workshops para promover a valorização e fomento da aprendizagem das técnicas manuais da arte da feltragem, tendo sido reconhecido pela Comissão Europeia, que passou este sistema modular em feltro no seu “Innovation Radar”, no qual estão identificadas inovações de elevado potencial, resultantes de projetos financiados no âmbito de programas da União Europeia.
» O “Felt the Future” vem, assim, promover dinamizar a indústria de S. João da Madeira, através da utilização das suas tecnologias e ferramentas, aplicando-as a novas tipologias de produto, tecnologia contemporânea e novos materiais reciclados para feltros. Nesta lógica, destaca-se pela novidade na integração de funcionalidades digitais numa indústria tradicional, oferecendo soluções de produto tecnológicas, mas que, simultaneamente, valorizam aspetos identitários e culturais.