O documento de prestação de contas relativo ao ano de 2019 da Junta de Freguesia de Aradas apreciado e votado pela Assembleia de Freguesia realizada na sexta-feira à noite foi ‘chumbado’ com oito votos contra e cinco a favor.
Além dos cinco eleitos do PS, registaram-se votos desfavoráveis de vogais do PSD-CDS (2). Um dos quais Rui Diogo, ex tesoureiro, “em coerência” com denúncias de alegadas irregularidades que fez aquando da renúncia ao cargo. O vogal independente também votou contra.
Sobre a prestação de contas, “a Assembleia apenas aprecia as mesmas, não tendo competência para as aprovar”, explicou a presidente da Junta, Catarina Barreto (PSD-CDS), lembrando que o orgão competente para aprovar as contas é o executivo, o que fez por unanimidade a 28 de maio.
“As contas seguirão para o Tribunal de Contas, como é procedimento normal”, adiantou a autarca da coligação de direita.
Catarina Barreto entendeu “salientar” o saldo de gerência “francamente positivo” que transitou para 2020, “não existindo qualquer dívida, nem ónus”.
E, assim, “beneficiando a autarquia de uma boa situação financeira, com estabilidade e equilíbrio orçamental, que permitirá continuar o bom serviço em prol de Aradas e dos Aradenses”.
“Muito investimento público em publicidade e seminários” – PS
“O saldo de gerência é muito alto, receita líquida de 42.000 euros, consideramos um exagero e só prova que nada se fez na freguesia.
Aumentaram a defesa e o investimento é de 45% do montante. Na opinião do PS, na aquisição de bens de capital não há qualquer problema. Na aquisição de serviços é muito o investimento público em publicidade (6300 euros) e seminários (8300 euros).
Continua-se a contribuir para o trabalho precário nas Bolsas /CEI.
50.000 euros de despesa normal ? Não é investimento.
No controlo da receita no turismo sénior há 15.000 euros e só foi cobrado 530 euros.
No plano plurianual de investimento para a requalificação da EB1 22.500 euros e para o projeto de armazém 5.000 euros e há em caixa ou não 42.000 euros ?
Em conclusão, a despesa com pessoal é de cerca de 40 por cento e com as Bolsas / CEI cerca de 20 %.
Verificamos que a Junta só existe para pagar a despesa com pessoal e o bem-estar e na melhora da qualidade de vida das pessoas pouco se fez” – Anabela de Almeida Saraiva (PS).
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