O presidente da Assembleia Municipal (AM) de Aveiro aproveitou a sessão comemorativa dos 45 anos do 25 de abril, assinalados esta quinta-feira à noite, para recordar aspetos da gestão camarária contemporâneos do período pós ‘Revolução dos Cravos.
Luís Souto aludiu a “questões datadas” que espera serem “irrepetiveis”, como “conflitos” pela ocupação ilegal de casas no contexto da falta de habitação da época, “os planos” para alargar abastecimento de água, o saneamento básico “incipiente na cidade e ausente por completo nos meios rurais”, bem como os anos iniciais de “dificuldade de afirmação” da Universidades de Aveiro, o aparecimento de novas urbanizações e acessos ou “a luta” pelo que viria a ser o IP5 (ligação Aveiro – Vilar Formoso).
“Muitas destas questões geraram, por vezes, debates acalorados, mas não raros consensos, credibilizando, assim, a democracia local recém instituída e fortalecendo a voz do município nas questões mais estruturante para o futuro”, afirmou o autarca pela coligação PSD-CDS-PPM.
A cada ciclo do “desafiante mas estimulante exercício” autárquico, “sujeito a alteração democrática em função do julgamento popular”, correspondeu “uma nova energia, ambição e visão”, constatou Luís Souto.
De volta à atualidade, o presidente da mesa da AM considerou que “hoje sentimos Aveiro com uma nova energia” concelhia. “Antevemos um futuro cada vez com mais qualidade, que não é uma corrida de 100 metros mas uma maratona, como a próxima maratona ligando Aveiro a Ílhavo, com passada firme e estruturada, aproveitando os alicerces de 42 anos de democracia local”.
A sessão serviu para a evocação dos oito presidentes que exerceram a presidência da AM desde as primeiras eleições autárquicas.
O advogado Carlos Candal, falecido em junho de 2009, que fez mandatos, foi homenageado com o descerramento de uma placa de toponímia evocativa, que passou a identificar uma avenida no lugar de Sá Barrocas. “É reconhecido como alguém que, acima de tudo, procurou o bem para a terra que o viu nascer”, referiu Luís Souto em jeito de homenagem.
Ao evocar os seus antecessores, o presidente da AM comprometeu-se pela “continuidade do que deve ser essencial” no exercício do cargo, que passa pela “responsabilidade de servir o bem comum, o nosso município e Portugal”.
A sessão comemorativa do 25 de Abril contou ainda com alocução do ex vogal Jorge Arroteia sobre o tema “Poder local, democracia e ética”, bem como de intervenções de eleitos dos partidos representados na AM, de Regina Bastos, ex presidente da AM em nome dos autarcas que exerceram aquelas funções, e ainda do presidente da Câmara, Ribau Esteves.