Fui, pela primeira vez, convidado a integrar o júri do Comité de Seleção dos Prémios AHRESP e nesta 6ª edição os 28 membros do júri avaliaram mais de 400 candidaturas, com uma fantástica capacidade de empreendedorismo.
Por Amilcar Malhó *
Quando uso no título a ‘expressão’ “onde eu me fui meter”, pretendo sublinhar não apenas a dificuldade na tarefa que aceitei mas também, e sobretudo, o facto de me ter sido proporcionada esta possibilidade de conhecer o que de tão fantástico se está a fazer neste nosso Portugal, apesar dos efeitos e consequências da pandemia. E quem me conhece sabe que eu não sou propriamente um ‘novato’ nestas coisas de andar por aí a saber novidades.
Gente que deixou as apetecíveis cidades do litoral e foi para o interior implementar os mais variados projetos vocacionados para o turismo na área hoteleira (rural) e gastronómica ou vínica, para além de grupos empresariais de outra dimensão. Mas uns e outros com manifestos objetivos de sustentabilidade, de inclusão social, de preocupação com o respeito pela cultura dos locais.
“Onde eu me fui meter” porque agora que, apesar da dificuldade, já cumpri a tarefa de votar, fiquei com a ‘angústia’ de não me ser possível dar a conhecer com a dimensão que merecem, tantas e tantas coisas fantásticas que estão a acontecer no continente e ilhas.
São restaurantes que promovem o convívio entre clientes, que compram produtos locais para integrar a oferta, que ‘exigem’ produção sem químicos, que promovem de forma correta a ligação gastronomia/vinho.
Ou unidades de alojamento que recuperam edifícios históricos, que disponibilizam construções de raiz num estilo ‘campismo diferente’, que apostam na arquitetura como diferenciação, que evidenciam e estimulam a literatura,
Ou ainda, projetos que recuperam tradições familiares, que oferecem pedagogia rural em especial para os mais novos, recuperam e dão vida a antigas unidades industriais ou direcionam serviços de lazer para pessoas com mobilidade reduzida.
A necessidade de não revelar pormenores, a variedade e qualidade e o elevado número de propostas que tive acesso de conhecer não me permitem dar-vos mais do que a minha manifestação de entusiasmo, que aqui vos deixo, na certeza de que muitos dos vós também pensariam: ”no que eu me fui meter”. Mas ainda bem, digo eu.
Os nomeados por mim e pelos outros 27 membros do júri serão conhecidos ainda este mês e ficarão disponíveis posteriormente para votação do público no site premiosahresp.com.pt.
As categorias abertas à votação do público são: Conceito Inovador, Revelação Gastronómica, Produto do Ano, Serviço do Ano, Projeto de Solidariedade, Sustentabilidade Ambiental, Projeto Media, Novo Talento, Destino Revelação do Ano, Entidade Formadora, Estabelecimento com História e Evento do Ano.
O evento final de entrega de prémios acontece a 1 de julho, no Pátio da Galé em Lisboa.
Os Prémios da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) têm como objetivo premiar e distinguir as melhores empresas, instituições, estabelecimentos e profissionais que se destacaram (no ano transato) nos setores da Restauração, Alojamento e Promoção Turística.
* Diretor do Jornal dos Sabores e dos >Territórios. Artigo publicado originalmente aqui.
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