“Portugal deveria aproveitar muito melhor a conjuntura” – Ana Miguel Santos, cabeça de lista do PSD por Aveiro

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Apresentação da lista do PSD por Aveiro às legislativas de 2019.

A cabeça de lista do PSD pelo distrito de Aveiro acusou, este domingo, o PS de desperdiçar as condições favoráveis da conjuntura, mostrando-se crente que os cidadãos saberão reconhecer 6 de outubro a alternativa social democrata com a vitória eleitoral.

“Acreditamos que é possível outro caminho, outra política, outro país, com menos carga fiscal, mais investimento, serviço público de qualidade, melhor emprego e melhor remunerado”, afirmou Ana Miguel Santos ao intervir, ao final da tarde, na cidade de Aveiro, durante uma apresentação dos candidatos do partido pelo círculo distrital.

Seguiram-se as esperadas críticas à governação socialista, e os partidos que a viabilizou na Assembleia da República. “É possível a social democracia, que defendemos desde Sá Carneiro, e que faz hoje sentido mais do que nunca, contra os radicalismos que põem tudo em perigo ou contra a demagogia que não se compromete com nada e limita a navegar à vista”, acrescentou.

A advogada e docente universitária com raízes familiares em Águeda concorreu às últimas eleições europeias, o que motivou a presença do eurodeputado Paulo Rangel, embora sem intervir.

Ana Miguel Santos insistiu em apontar falhas ao Governo e deixou um apelo ao voto. “Portugal deveria aproveitar muito melhor a conjuntura económica internacional favorável, fazer reformas para antecipar as possíveis crises e não a revertê-las. (…) Uma economia capaz de gerar valor e empregar jovens e não apenas com um ‘assim a assim’, um país realmente descentralizado. Precisamos daqueles que não se reveem na política dos últimos quatro anos e sobretudo não se resignam. Acreditamos em outra solução e que é possível vencer”, afirmou.

Em termos de propostas eleitorais para o distrito, as “prioridades” do PSD incluir investimentos no Serviço Nacional da Saúde, como a requalificação do hospital de Aveiro, ampliação das urgências da Feira e reabertura das urgências encerradas. Obras em rodovias, como a ligação Aveiro – Águeda, a ligação ferroviária a Salamanca ou o combate a erosão costeira também surgem referenciados (ouvir declaração abaixo).

“Não têm bom senso, são fanáticos” – Salvador Malheiro

Sem referências na apresentação ficaram as polémicas internas na elaboração da lista de candidatos e a saída de Vitor Martins, líder da concelhia de Aveiro, que era o número 3, por motivos pessoais.

Salvador Malheiro, presidente da distrital do PSD e autarca de Ovar, deixou “um apelo muito forte” para “um esforço suplementar” para as três semanas de campanha. “Tenho muita esperança de ver Rui Rio Primeiro-Ministro, desengane-se quem pense que há vitórias antecipadas ou derrotas já escritas”, afirmou.

O vice-presidente da direção nacional abordou os temas ambientais e energéticos, que tem como seu pelouro no PSD, para criticar o Governo e a esquerda. “O que querem não é a descarbonização, querem é a nacionalização da energia. É gente de extrema esquerda, mesmo o PS está demasiado encostado à esquerda, de social democracia nada têm. Como podem defender a redução das emissões de dióxido de carbono quando tentaram criar taxas as renováveis, são completamente contra as barragens, contra a eólica ou exploração de lítio ou recursos petrolíferos. Não têm bom senso, são fanáticos”, acusou Salvador Malheiro.

“A Catarina, o Jerónimo e o André fazem lembrar o Trio Odemira”- Ribau Esteves

A apresentação da lista contou ainda com o presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves. O ex-secretário geral do partido não tem sido dos mais entusiastas com o consulado de Rui Rio, pelo contrário, mas criticou os que já pensam no pós eleições, considerando que é hora do PSD estar unido e em  campanha, deixando as críticas para ‘a geringonça’.

“Não se pode acreditar nesta mentira reiterada em que vivemos, é preciso ter um Governo que faça investimento a sério. Há anúncios em cima de anúncios. Agora estradas, linhas em obras, meios nos hospitais ? Zero.
O cúmulo e desplante que o PSD não pode deixar passar: até a Catarina Martins é social democrata, vergonha; tem de ter uma reação clara, forte, atenta. Não precisamos de lições de maus sociais democratas como Pacheco Pereira, a explicar a génese da social democracia, que nasceu na cabeça de Marx. A nossa social democracia é outra, a verdadeira (…).
A Catarina é uma demagoga que anda a tentar sacar votos para ser a noiva de António Costa. A Catarina, o Jerónimo e o André fazem lembrar o Trio Odemira e a canção ‘Anel de noivado’, para ver quem alicia mais o Costa a levá-los para o Governo. O André com o ministério do Cão fica satisfeito, a Catarina é especialista em cultura ou teatro fica satisfeita, o Jerónimo com a Agricultura para o proletariado voltar a gerir as terras.
É preciso usar estas três semanas para picar toda a gente, dizer a alguma malta que está a pensar no 7 de outubro que não interessa nada se não se fizermos as coisas em condições até 6. Cuidar de dar ao país uma solução de governação com seriedade, qualidade e competência. Não se deixem contagiar com sondagens, previsões ou a inevitabilidade de uma qualquer ruína anunciada. Da minha parte, estamos unidos. Cada um tem de fazer campanha todos os dias pelo nosso PSD e pelo nosso Portugal” – Ribau Esteves.

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(em atualização)

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