O Porto de Aveiro esteve presente, mais uma vez, na Intermodal South America, um dos principais certames dedicados à logística e transporte portuário no Brasil, que teve lugar em São Paulo.
A viagem de trabalho decorreu integrada numa representação dos cinco grandes portos nacionais, tendo sendo para retomar contactos feitos em anteriores edições, que a pandemia obrigou a interromper desde 2020, e lançar as bases de novas perspetivas de negócio.
“Foi a 26ª edição da Intermodal South America, é uma feira muito importante. Estava muito concorrida, fomos integrados numa organização Associação de Portos de Portugal, com uma agenda muito clara de conseguir mais parcerias e criar mais redes. Os portos de Portugal representaram ali a Europa, ganhámos muita visibilidade. O Brasil sempre foi muito importante no agro-negócio e energético, tentámos reforçar as nossas relações enquanto portos de entrada na Europa”, adiantou Isabel Moura Ramos, administradora do Porto de Aveiro numa entrevista em jeito de balanço dada ao ‘Espaço da Comunidade Portuária de Aveiro’, um programa da Rádio Voz da Ria.
Das reuniões com empresários portugueses e brasileiros dos Portos do Rio Grande do Sul e de Imbituba resultou o compromisso de promover dois memorandos de entendimento para reforçar as ligações marítimas e a cooperação com estes portos ainda em 2022.
O Porto de Aveiro busca novos parceiros para garantir o crescimento do comércio internacional de carga geral fracionada, segmento em que é líder nacional, como acontece atualmente com a importação de madeiras. Aveiro tem registado um crescimento muito relevante, também, de cereais, que procurou reforçar nos contactos mantidos com com operadores brasileiros. Notou-se algum interesse, também, nas cargas de componentes offshore para eólicas.
Guerra na Ucrânia deve reduzir atividade portuária e obriga a redefinir cadeias logísticas
Na entrevista ao ‘Espaço da Comunidade Portuária de Aveiro’, a administradora do Porto de Aveiro deu conta das consequências da guerra causada pela Rússia na Ucrânia, que já se fazem sentir na atividade portuária, obrigando a rever em baixa da movimentação de carga. “Vamos ter o desafio energético, com muitos mais custos para nós e toda a cadeia logística. Nos negócios, o grande desafio também será a definição das novas cadeias logísticas do sector agro-alimentar, importávamos milho e trigo da Ucrânia. Terão de ser encontradas novas soluções, uma delas pode ser o Brasil. Também nos produtos metalúrgicos terá consequências negativas para Aveiro esta guerra inesperada e escusada”, antevê Isabel Moura Ramos.
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