A população de Fontelas do Vouga e Paçô, na freguesia de Cedrim, concelho de Sever do Vouga, aproximadamente 250 pessoas, apresentou uma reclamação junto da administração da ERSUC de Aveiro pelo facto de não ser facultado “em pontos estratégicos e essenciais os adequados contentores (papelão e plástico)”.
Nesta altura, existe apenas o equipamento ‘vidrão’, que permite “poderem exercer o seu dever/direito de reciclarem os seus resíduos”, ironiza Artur Marques Arêde, um dos moradores insatisfeitos com o tratamento da empresa.
Aqueles lugares de Cedrim têm em pleno funcionamento um restaurante, um mini mercado, uma estação de serviço de combustíveis com café e vários alojamentos locais, que justificam a existência dos chamados ‘ecopontos’.
A “produção de resíduos diários de várias espécies, e em grande quantidade, deveria, só por si, merecer maior preocupação e ponderação, para a colocação dos almejados contentores, pretensões que não foram tomados em consideração, após implementação do processo por parte da ERSUC”, lamenta Artur Marques Arêde.
No lugar de Paçô, a cerca de 500 metros das Fontelas, deixou até de existir um contentor ‘papelão’ e outros, que foram retirados “inexplicavelmente, sem que tenha havido qualquer alternativa equiparada, como seria desejável, decorridos há pelo menos ano e meio”, numa decisão considerada como “absurda e absolutamente inexplicável.”
Os moradores criticam a “incúria e o desleixo por parte da ERSUC”, considerando que “não é razoável que a população de Fontelas do Vouga e de Paçô sejam forçada a se deslocar cerca de dois quilómetros, até a sede de freguesia, Cedrim, para se socorrer dos respectivos contentores ali existentes.”
Segundo levantamentos em outras povoações do concelho severense, com menos população, possuem ecopontos completos, como sucede em Irijó e Vila Seca.
“Não se compreende o flagrante alheamento à lei, e aos interesses dos munícipes de Fontelas do Vouga e Paçô”, refere, indignado, Artur Marques Arêde
A Câmara de Sever do Vouga está a par das queixas. A ERSUC tem argumentado “caricatamente, que o contentor papelão retirado há cerca de um ano e meio, se deveu a avaria no equipamento.”
A população não aceita que tenha ficado sem alternativa. “Um ano e meio não é tempo mais que suficiente para reposição do equipamento retirado?”, questionam os moradores, exigindo que seja reposta “a normalidade” para garantir “boas praticas exigíveis na prestação de serviços tão importantes como o é a reciclagem.”
NoticiasdeAveiro.pt enviou à ERSUC um pedido de esclarecimento a esta reclamação, aguardando resposta.