“Perder é desiludir a maioria dos aveirenses” – Manuel Oliveira de Sousa, candidato à Câmara (‘Viva Aveiro’)

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Comício 'Viva Aveiro', eleições autárquicas de 2021.

O candidato à presidência da Câmara pela coligação ‘Viva Aveiro’ (PS-PAN) dramatizou a importância da eleição, esta quinta-feira à noite, no discurso do comício que precedeu os derradeiros apelos ao voto, ironizou com a falta de notoriedade ditada pela sondagem divulgada, mas, também, detetou sinais de incómodo do lado da maioria de direita.

“A campanha continua até daqui a quatro anos, vamos ganhar; não podemos perder, porque perder é desiludir a maioria dos aveirenses. E nós não vamos ter outra oportunidade”, alertou Manuel Oliveira de Sousa ao intervir no auditório do parque de feiras perante apoiantes, os principais candidatos e representantes de movimentos associados. Destes, ouviram-se intervenções de Paulo Amorim, cabeça-de-lista pela candidatura independente ‘S. Bernardo Mais e Melhor’, e também Cristina Montez, do movimento ‘Cidadãos por Aveiro’.

“Quatro anos a desiludir os aveirenses, se não ganharmos, é o fim da cidade e do município, como nos livros de história poderemos um dia consultar”, alertou ao antever avanços em transformações, anunciadas ou já em curso, que motivam discordância, ou problemas para os quais a coligação ‘Viva Aveiro’ assumiu compromissos de resolução definitiva:”Que será do bairro da Beira Mar se não ganharmos as eleições, o que será da pateira do Carregal e de Requeixo, o que será do Rossio se não ganharmos as eleições”, questionou.

“É agora a nossa hora, não podemos defraudar, porque não estamos sós, temos a bandeira de muitos, é a hora de assumir essa responsabilidade”, disse em jeito de resposta e apelo à mobilização final junto do eleitorado.

Manuel Oliveira de Sousa não deixou de responder a Ribau Esteves, que denunciou na manhã de quinta-feira o que chamou de “esquema” da coligação ‘Viva Aveiro’, ao colocar candidatos seus como delegados nas mesas de voto “para fazer campanha eleitoral”.

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“Estamos avisados, uma simples certidão para acompanhar, como sempre desde que sou presidente do partido tenho acompanhado os atos eleitorais, em todas as mesas de voto, como muitos de nós, no PS e outros partidos, está a incomodar tanto; é hora da seriedade, estarmos juntos para não defraudar o futuro e o futuro somos nós”, afirmou o cabeça-de-lista.

Numa referência ao resultado da sondagem publicada pelo Diário de Aveiro, que atribuiu 7 % das intenções de voto na coligação ‘Viva Aveiro’, ironizou: “façam o favor de dizer que o candidato a presidente de Câmara não é uma pessoa muito conhecida, também não é de sangue azul, sou vermelho…, isto não é de consensos!. Mas não é a notoriedade que ganha, quem ganha é o seu voto que elege e ele tem de estar lá para dar resposta a si, digam isso aos vossos vizinhos, amigos, que não estão sozinhos, mas em equipa”, apelou.

“É a hora da verdade, acabou o medo, não vamos ter medo, porque vai terminar a 26 de setembro, vamos partir sem medo para as associações, sem medo de sonhar na nossa terra e dos projetos que queremos criar e têm direito a ser apoiados e participados por todos; é a hora de cada um dar de si, se for por um voto que se vai ganhar, que seja o seu, o voto que vai encontrar e a 26 de setembro vamos dar mais um passo em frente”, concluiu.

“O senhor quer passear-se sozinho pelas mesas de voto, era o que faltava” – Francisco Picado

Francisco Picado, candidato à presidência da Assembleia Municipal, apontou críticas à governação local. “Nunca antes esteve tanto em jogo como nestas eleições”, afirmou, aludindo a casos como o “desrespeito absoluto por compromissos assumidos no orçamento participativo por parte da Câmara”, o “lançamento de obras em reuniões extraordinárias marcadas à pressa”, as “promessas em cima de promessas” ou “reuniões com associações à porta fechada” durante a campanha eleitoral. “E pasme-se, o senhor quer passear-se sozinho pelas mesas de voto, era o que faltava”, insurgiu-se na segunda referência da noite ao tema  dos delegados de mesas de voto. Francisco Picado, também, abordou um dos assuntos do dia que passou: “não podia faltar a sondagemzinha da praxe, tão inverossímil que nem os próprios acreditam nela, quase que coloca Aveiro a ser governado por indecisos e pessoas que não sabem ou não respondem”, ironizou.

Discurso direto

“Não podemos estar todos enganados, não estamos enganados, uma coligação que traz o melhor de cada um, de centenas de pessoas que nem podem estar aqui hoje, mas sabemos estar ao nosso alcance, querem ouvir a nossa voz, um impulso final e com isso votar ‘S. Bernardo Mais e melhor’ e Viva Aveiro” – Manuel Oliveira de Sousa.

“Nesta altura é possível perceber as diferenças, que são tantas: de um lado temos um programa de continuidade no betão, na insensibilidade e que afasta as pessoas e aproxima os especuladores, que nega Aveiro aos aveirenses e lança o território para o expediente dos negócios excêntricos. Deste lado, está a esperança,a  convição e vontade de restituir Aveiro aos aveirenses, de criar um caminho de sustentabilidade, de pensar as próximas gerações, de implementar o diálogo e o respeito como ferramentas de coordenação, a escolha de buscar a unidade, exigir o rigor, promover a transparência. Vamos mandar o vendedor embora e convocar um verdadeiro presidente da Câmara. (…) Entre nós não houve partidos, rivalidades que tirassem a capacidade de fazer ouvir, de combatermos o estilo autoritário, que introduziu na vida aveirense o medo, o discurso inflamado para impor os seus gostos pessoais, sempre irritado com tudo e com todos, sem capacidade para discernir que o problema não estava no destinatário, mas nele próprio, na sua mensagem absolutista e vaidosa” – Rui Alvarenga (porta voz do PAN e candidato a vereador).

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