Terminado o percurso na Taça de Portugal aos ‘oitavos-de-final’, com a eliminação pelo Académico de Viseu (2-0), ontem no Fontelo, confirmando o favoritismo da equipa da Segunda Liga, que somou a sexta vitória seguida numa sequência de 18 jogos sem perder, o Beira-Mar ficou agora focado, por inteiro, no Campeonato de Portugal, onde tem pela frente, domingo, em Aveiro, o Camacha, em que conquistar os três pontos em disputa pode relançar a equipa para lugares ‘menos perigosos’ da tabela classificativa.
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Alterações para gerir plantel
Em relação à partida anterior (empate caseiro 3-3 de má memória em casa com o Machico), o Beira-Mar apresentou-se perante o terceiro classificado do segundo escalão principal com quatro mexidas no onze no segundo de três jogos na mesma semana: Duarte Soares (central), Kiko Rodrigues (médio defensivo), Drula (lateral esquerdo) e Leandro Vieira (avançado) ocuparam as vagas de Gil Dias, Rui Sampaio, Leandro Borges e Marcelo Santiago (lesionado).
O treinador Miguel Valença voltou a apostar em Rafinha, que tinha vindo a ser utilizado durante a época a lateral direito, como avançado direito, uma opção tática que poderá ajudar a explicar a dispensa do extremo brasileiro Luís Fellipe.
O Académico de Viseu justificou a vitória pelo seu maior domínio e eficácia, com golos apontados pouco antes do intervalo e mesmo ‘ao cair do pano’ (grande penalidade).
Num relvado muito difícil para a prática do futebol, os aveirenses ‘tremeram’ em algumas ocasiões, mas também dispuseram de boas oportunidades para marcar, sobretudo na segunda parte. Rafa Fonseca, aos 80 minutos, protagonizou o momento mais flagrante, num cabeceamento defeituoso com a baliza à mercê, após uma bola cruzada da direita, que poderia ter relançado o jogo. Antes, Neto, com um remate que o defesa afastou in extremis, e Diego Tavares (dos melhores entre os aurigeros) merecia melhor sorte no cabeceamento de cima para baixo após canto que o guarda-redes agarrou com dificuldade. Registo ainda, nos minutos finais, para a estreia do ainda júnior aurinegro Tomás Rodrigues (médio), irmão de Kiko Rodrigues.
Apesar dos golos sofridos em momentos determinantes, Miguel Valença, treinador do Beira-Mar, destacou a boa resposta da sua equipa. “Estivemos super organizados, podíamos ter tido mais meia hora de jogo, se a estrelinha tivesse do nosso lado”, comentou.
“Tivemos quatro oportunidades, que surgiram porque sabíamos que, depois de iniciar o jogo com uma linha de cinco, a partir dos 60 minutos íamos ter mais espaço. Fiquei orgulhoso dos meus jogadores. Sempre que crescemos um pouco, chegámos com mais algum perigo junto da baliza adversário e tivemos as nossas oportunidades. Descansámos menos um dia e meio do que o Viseu. Gerimos alguns jogadores, sem deixar de honrar o emblema e dar uma imagem boa. Tivemos personalidade com bola e corajosos quando podíamos”, referiu o treinador.
“Um jogo bem jogado. Nós naturalmente mais defensivos. Quando podíamos saíamos em transição. Criámos oportunidades suficientes para chegar ao empate. Mas o resultado é justo, o Académico esteve sempre mais perto da nossas baliza, aproveitou as oportunidades. Agora o que me preocupa é já domingo, é a nossa prova, vamos recuperar bem e dar outra boa resposta”, acrescentou.
Após o segundo jogo em Aveiro, Miguel Valença acredita ter os jogadores unidos. “Perdemos na eliminatória mas ganhámos um grupo, uma equipa, mais confiança para o futuro”, concluiu, sem deixar de agradecer, também, o apoio dos adeptos que viajaram até Viseu.
Discurso direto
“Sabíamos que seria um jogo muito complicado. O Viseu é da Segunda Liga, tem jogador bom futebol, vínhamos tentar quebrar esta sequência que era de 17 jogos sem perder. Tínhamos a nossa estratégia, sabíamos que iam ser fortes. Sofremos um golo no final da primeira parte, depois tentámos mas faltou o golo. O futebol é assim” – Diego Tavares, jogador ao Beira-Mar.
“Das três equipas em campo, queria dar os parabéns aos meus jogadores e aos do Beira-Mar, pelo que conseguiram neste jogo que vencemos em condições que não são as ideais. Se jogámos bem ou mal ? Missão cumprida. Quartos-de-final, 18º jogo sem perder. Fizemos história hoje. Orgulho enorme em liderar estes jogadores. O jogo foi dentro do que era possível. As trocas de jogadores foram bem pensadas, porque tínhamos esta boa oportunidade se seguir em frente. Agora pensamos no Feirense que não vai ser fácil. Agora queremos recuperar os jogadores para dar uma boa resposta a uma equipa forte no domingo de manhã” – Jorge Costa, treinador do Académico de Viseu.
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