A mulher que esfaqueou o marido, gravemente, em Ílhavo, durante uma discussão por razões passionais, foi condenada a uma pena de internamento, que ficou suspensa.
O Tribunal de Aveiro declarou a reformada inimputável por padecer de doença do foro psiquiátrico. A pena de internamento, entre 3 a 10 anos, ficou suspensa, mediante obrigação de vigilância médica.
A arguida estava acusada por homicídio qualificado na forma tentada, mas o coletivo de juízes procedeu a uma alteração da qualificação jurídica dos factos imputando-lhe o crime de ofensas à integridade física
No julgamento, remeteu-se ao silêncio. Assim como os seus familiares diretos (marido e filhos).
Além de homicídio tentado, a mulher foi absolvida dos crimes de violência doméstica e de sequestro.
Nas declarações prestadas na fase de inquérito, a arguida mostrou-se arrependida, admitiu que controlava as saídas do marido por suspeitar que tinha outras mulheres, mas garantiu que não quis matar, tendo ido buscar a faca de cozinha depois de ter sido ameaçada pelo esposo.
Após a agressão, a mulher deitou o homem na cama e tratou o ferimento. Só na manhã seguinte, face ao agravar do estado de saúde, pediu socorro, não tendo relatado aos bombeiros o que sucedera.
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