Pedro Marques ‘cola’ PSD à “direita dos cortes e sanções”

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Comício do PS em Aveiro.

O cabeça de lista do PS às eleições europeias aproveitou um comício festa na cidade de Aveiro, este sábado à tarde, para atacar o PSD a pretexto do anúncio recente de propostas a incluir no manifesto europeu.

“O PSD vem dizer que quer criar um programa na área da saúde, mas esqueceu-se de explicar como é compatível com uma governação de quatro anos em que cortaram mil milhões de euros no financiamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS), como tem credibilidade para criar um novo programa de saúde”, criticou Pedro Marques.

O ex-ministro acusou o PSD de se ocupar de “propostas copiadas, que foram aprovadas no Parlamento Europeu”, apontando como exemplos as força da proteção Civil e reforço do programa Erasmus.

Pedro Marques destacou a orientação assumida pelo Partido Socialista Europeu (PSE) “inspirada” no “trabalho do PS”. “É preciso voltar a governar para as pessoas na Europa, como fizemos em Portugal com o Governo de António Costa, implementar o pilar europeu dos direitos sociais, investimento com efetiva convergência, reformar a zona euro, criando o orçamento da zona euro, políticas de habitação para os jovens e classe média, com fundos europeus, uma política de inovação mais competitiva e não a desregulação e os salários baixos como queria a direita europeia”, afirmou.

Em contraponto, considerou que programa do Partido Popular Europeu (PPE), a que pertence o PSD, “está bom para as maiores economias, não quer uma zona euro de todos, como Portugal que sofreu tanto com a crise financeiro”, que “nada diz” sobre reforma da zona euro, convergência e coesão com países do sul. Da mesma forma, “nem uma palavra” sobre políticas sociais, direitos sociais ou apoio aos refugiados.

Em resumo, de um lado o candidato vê “a esquerda Europa da solidariedade, da convergência e dos direitos sociais” e do outro “a direita do cortes e sanções”, em que fica “tudo mesma para os do centro da Europa, mas deixa muito piores os que estão no sul e os países mais fragilizados.”

Para Pedro Marques, as eleições europeias servem para “escolher entre o partido do progresso e o partido dos cortes e das sanções que iriam trazer nacionalistas e extrema direita para Portugal”.

Discurso direto

“Este é o partido de António Arnaut, não avançámos, não recuámos, defendemos o SNS sempre e em todas as horas, com todos os ministros do PS. Para o PS, o que interessa é uma rede hospitalar que sirva os portugueses, centros de saúde, um SNS com acesso a todos que precisem; para isso, mais uma vez, quando a direita cortou, o PS para salvar o SNS contratou mais 9 mil profissionais e investiu mais mil milhões de euros. Somos o partido do SNS”  (…). “Ouvir como principal proposta de Paulo Rangel de projeto europeu um programa de combate do desemprego jovem é irónico. Quando o PS chegou, 34 por cento dos jovens estavam desempregados, hoje estamos está abaixo dos 20 porque trabalhámos para criar condições e dignidade aos jovens. Prometemos e cumprimos. Com o PSD não há promessa que seja cumprida. É extraordinário que Paulo Rangel não se tenha apercebido que são muitos os jovens que voltaram a trabalho, talvez porque ande mais distraído” – Ana Catarina Mendes, secretária geral adjunta do PS.

“O PS está cada mais forte para as eleições, na afirmação permanente dos ideais de Abril também nas terras Aveiro. Aveiro é uma terra de liberdade, dos mártires da liberdade contra o absolutismo, dos congressos da Oposição Democrática, continua a inspirar, nas várias frentes de luta a travar, Esperamos que o PS se sinta inspirado em Aveiro. De luta por causas, de uma cidade empreendedora. Mesmo quando temos de lutar contra todas as causas que impedem que haja democracia, como por exemplo a luta contra fazer deste jardim um parque de estacionamento. lutámos pela sustentabilidade e qualidade de vida” – Manuel Oliveira de Sousa, líder concelhio do PS.

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