PCP ‘chumba’ dois anos de mandato da aliança PSD-CDS em Aveiro

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Aveiro, Paços de Concelho.
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O PCP de Aveiro faz um “balanço claramente negativo “da gestão autárquica PSD/CDS no concelho a meio do mandato.

Os comunistas enunciam em comunicado vários “factores” que determinaram a avaliação insatisfatória.

A construção do parque subterrâneo do Rossio é uma das críticas, com a concelhia a “questionar o aumento do valor da obra em 2 milhões de euros revelado recentemente.”

A obra, no entender do PCP, “vai de encontro ao mercado especulativo e a interesses privados, sendo naturalmente contrária ao que são os interesses da população de Aveiro e os interesses do concelho, numa perspectiva ambiental, paisagística, social e financeira.”

Os projectos para a Avenida Lourenço Peixinho e a ciclovia da estação à universidade também merecerem referência negativa, porque “foram concebidos à margem das necessidades dos aveirenses e comércio local, sem que houvesse o cuidado em contabilizar as recomendações de diversas associações e movimentos cívicos locais.”

“Esta é a imagem de marca do executivo camarário a metade do mandato, o menosprezar da opinião pública, dos movimentos populares e das associações locais, tomando decisões unilaterais com o tradicional aumentos orçamentais de última hora”, refere o comunicado.

O PCP realça ainda “a política de degradação de serviços públicos com vista à sua concessão a privados”, aludindo a decisões na gestão de resíduos sólidos urbanos e transportes “que têm impactos negativos na vida e no dia-a-dia da população de Aveiro, seja pela deficiente recolha de lixo registada em várias freguesias, seja pela falta de carreiras e a sua recorrente supressão por via de parcos meios humanos”.

A concelhia comunista relembra a “urgência” em abranger a Região de Aveiro no Programa de Apoio à Redução Tarifária para a concretização da intermodalidade e diminuição de encargos com transportes públicos.

“O facto é que, chegados ao final de 2019, e apesar de alguns anúncios nesse sentido, continuamos sem um plano de redução tarifária que beneficiaria milhares de trabalhadores, famílias e estudantes em toda a CIRA, entre a área metropolitana do Porto e a Região de Coimbra”, lamenta o PCP.

No balanço dos primeiros dois anos de mandato, os comunistas reafirmam ser contrários à alienação de imóveis municipais, que revelou “mais uma vez a natureza especulativa deste executivo (…), ignorando o grave problema da habitação em Aveiro e ignorando também a existência de um programa de apoios do estado central “.

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