O PCP “acompanha a exigência de fixação de 90€ de aumento salarial justamente reivindicado” pelos trabalhadores da AdRA – Águas da Região de Aveiro, empresa do grupo público Águas de Portugal (AdP).
“Uma exigência mínima tendo em conta o aumento do custo de vida já verificado e que se prevê agravar no futuro bem próximo”, refere uma nota de imprensa dos comunistas.
Tomada de posição assumida depois de uma reunião mantida com a comissão sindical da AdRA, “onde foram abordadas as principais preocupações dos trabalhadores no que toca a vencimento, valorização e progressão na carreira, bem como as opções da administração em recorrer com maior frequência à contratação de serviços externos.”
Segundo o PCP, “os problemas relatados de não progressão na carreira da maioria dos seus trabalhadores, hoje sujeita a disponibilidade orçamental, confirmam que o actual sistema de avaliação no grupo AdP, e SIADAP, são instrumentos que geram profundas injustiças e insatisfações, que não valorizam o trabalho e os trabalhadores.”
A estrutura comunista “expressa ainda a sua maior preocupação com o crescente número de serviços que actualmente já são prestados recorrendo a empresas externas, como é o caso da instalação de contadores, cortes e rupturas no abastecimento.”
O PCP lembra que “PS, PSD e CDS começaram a abrir a porta para privatização da água em 2005, com as Leis da Água e da Titularidade dos Recursos Hídricos onde foi instituída a base legal para a privatização de toda a água do território nacional e criação do mercado da água”.
O “processo de mercantilização da água passou pela retirada às autarquias locais das suas competências na área da captação e distribuição de água e da recolha e tratamento de águas residuais, entregando-as a empresas multimunicipais como a AdRA.”
“Desde então que o PCP tem vindo a alertar para os perigos da privatização dos serviços de água e abastecimento, algo há muito cobiçado por grandes interesses que operam no negócio da água e que a colocam como uma das principais fontes geradoras de lucro dos próximos tempos e de interesse estratégico vital”, refere o comunicado.
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