
Bloco de Esquerda e PCP questionam Governo sobre situação laboral na Yazaki, depois do anúncio de despedimentos, afetando no imediato 360 trabalhadores da fábrica de cablagens em Ovar.
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Ovar: Yazaki de Ovar vai despedir 360 trabalhadores
A comissão política concelhia do PCP de Ovar afirma-se, antes de mais, “solidária” com a força laboral confrontada com “a possibilidade de mais um despedimento coletivo”, que chegou a empregar mais de 7.000 trabalhadores em Portugal, em 1996.
Em 1998, com a deslocalização de linhas produtivas, reduziu para metade o número de trabalhadores e desde então “foram vários os despedimentos coletivos promovidos”, nomeadamente em 2006 e 2008.
“A concretizar-se” este novo despedimento coletivo, “terá um impacto social e económico devastador, colocando em causa o direito ao trabalho, ao salário e ao rendimento de muitas famílias”, antevê o PCP que apresentou na Assembleia da República uma pergunta ao Governo sobre esta situação, através do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, questionando se tem informações sobre a situação laboral e que medidas irá tomar para “salvaguardar” os direitos laborais e os postos de trabalho.
Já o Bloco de Esquerda alerta que “este despedimento em massa representa um golpe brutal para centenas de famílias aumentando drasticamente a precariedade e caos social da região, deixando operários e outros funcionários da empresa numa situação de extrema vulnerabilidade.”
A instabilidade laboral enfrentada “há meses culminou agora neste repudiável desfecho”, lamenta o Bloco, para quem a empresa deveria ter encontrado “uma alternativa que garantisse a manutenção dos postos de trabalho, principalmente tendo em conta os lucros astronómicos” que tem a nível internacional, optando por prolongar “a incerteza e a angústia dos trabalhadores durante meses, demonstrando uma postura desumana e irresponsável”.
Os bloquistas vão questionar o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social “para compreender que respostas o Governo tem para estes operários despedidos”, considernado que “é fundamental que o executivo assuma a sua responsabilidade e apresente medidas concretas para apoiar estas pessoas, garantindo proteção social e acesso imediato a novas oportunidades de emprego”, bem como “respostas acerca da possível existência de apoios públicos a uma empresa que procede a este despedimento em massa”.
O Bloco de Esquerda defende, ainda, “a criação de um Plano de Emergência Social nestes concelhos, que permita dar apoio imediato aos trabalhadores e às suas famílias, garantindo que ninguém fique sem meios de subsistência”.
Câmara de Ovar expressa preocupação com as consequências
“Apesar de se tratar de uma decisão resultante da crise no setor automóvel e de a empresa garantir o cumprimento integral dos direitos dos trabalhadores, a Câmara Municipal de Ovar não pode deixar de expressar a sua preocupação com as consequências desta medida para os trabalhadores, as suas famílias e para a economia local” (ler comunicado abaixo).
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