Dois arguidos incriminaram-se mutuamente no Tribunal de Aveiro durante o início do julgamento em que respondem por tráfico de droga.
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Os homens trocaram acusações no julgamento, esta segunda-feira de manhã, negando cada qual o envolvimento em atividades relacionadas com tráfico de estupefacientes.
O processo diz respeito a estufas de plantação de cannabis, que a GNR desmantelou numa quinta localizada na zona do Luso, concelho da Mealhada, onde foram apreendidos 3,500 kg de produto final.
O dono da propriedade, sexagenário, comerciante também ligado à restauração, afirmou que aceitou acolher a plantação em troca de algum cannabis para consumo próprio, mas “nunca vendeu nada a ninguém”.
O dono da quinta alegou que “quem tinha conhecimentos” para a plantação era o outro arguido, um luso-canadiando residente no vizinho concelho de Cantanhede, à data seu amigo. Admitiria, contudo, que poderia vir a receber algum dinheiro do parceiro para “ajudar” nos custos que estava com as estufas, nomeadamente eletricidade, não fosse a intervenção da GNR.
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O segundo arguido, de 42 anos, técnico de comunicações desempregado, negou que tivesse a seu cargo a plantação. “Eu não cuidava daquilo, as coisas estão a ser empurradas para mim”, insurgiu-se. O dono da quinta, garantiu, apenas o “safava” quando precisava de cannabis para consumir. Numa ocasião, assumiu que foi pago ‘em espécie’ pela despesa com a compra de fertilizantes.
Nas buscas domiciliárias, a GNR apreendeu na residência do acusado, em Cantanhade, droga e cerca de 5700 euros em notas, que o arguido afastou ter proveniência de tráfico, mas sim dinheiro emprestado pelo sogro numa altura em estava de ‘baixa’ devido a acidente rodoviário.
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