Os eleitos do PS na Câmara de Ovar não ficaram esclarecidos sobre o impacto nas finanças da autarquia do corte de impostos locais em 2021 que a maioria PSD fez aprovar na última reunião, nomeadamente ao nível do IMI e Derrama, no primeiro caso aprovado por unanimidade.
Os socialistas gostariam de ter ouvido “com clareza” onde o executivo liderado por Salvador Malheiro irá “cortar na despesa para acomodar a perda de receita”.
Nas contas dos vereadores do PS, o valor em causa poderá atingir os 2,5 milhões de euros (sem baixa de impostos a redução de 675 mil euros).
A este valor de perdas de receitas correntes, os eleitos socialistas lembram que é preciso acrescentar a isenção de taxas já deliberadas pelo executivo, nomeadamente nos mercados e feiras ou a cobrança de rendas, “que seguramente acarretará mais 250 mil euros de perdas para os cofres do município”, estima o vereador Artur Duarte.
As receitas correntes, nas contas do PS, podem atingir 10% do que está previsto no orçamento de 2020.
A Câmara assumiu, também, já um aumento de despesas em algumas rubricas de apoio social a incorrer em 2020 e algumas delas com continuidade para 2021, nomeadamente no âmbito da pandemia do Covid 19 (1,662 milhões de euros), apoios sociais (122 mil euros), apoio ao associativismo social (184 mil euros), entre outras, atingindo 3,3 milhões de euros.
O vereador Artur Duarte perspetiva que em 2021 possa existir “um buraco de mais de seis milhões de euros, o que convenhamos obriga a muita prudência e reflexão”
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