Ovar: Proteção dos terrenos, pessoas e bens da invasão das águas da ria

1987
Marinha e Tijosa, Ovar.

A Administração da Polis Litoral Ria de Aveiro visitou esta manhã as motas de proteção na Tijosa e Marinha, em Ovar, executadas com sedimentos provenientes da obra de dragagem na ria de Aveiro, que se encontra atualmente em curso.

Durante esta obra foram construídas motas na envolvente destas 2 povoações, para proteção dos terrenos, pessoas e bens da invasão das águas da ria, numa extensão de cerca de 8 km, e utilizando um volume de cerca de 50 mil m3 de sedimentos provenientes dos canais de Ovar (até ao Carregal e até ao Cais da Ribeira).

Com esta obra, os campos agrícolas, que no passado eram inundados constantemente pelas águas salobras da ria, ficarão protegidos. Também as habitações e seus moradores se veem agora protegidos em situações de marés vivas, uma vez que as cotas de proteção garantem que as motas executadas não serão galgadas. Atualmente, já se verifica a abundante presença de espécies vegetais sobre as motas, que permite não só uma paisagem perfeitamente adaptada à envolvente, como garante maior robustez às motas, melhorando a sua resistência à força das águas.

A restante intervenção de Desassoreamento na Ria de Aveiro continua em curso, previsivelmente até ao final deste ano, tendo já sido dragados 725 mil m3 dos cerca de 1 milhão de m3 previstos, e encontrando-se a obra com uma execução de 75%.

Atualmente encontram-se a operar os equipamentos nos seguintes canais: a norte, no Canal de Ovar até ao Largo da Coroa e nos esteiros do município de Estarreja. A sul, as dragas encontram-se no Canal de Mira. Uma entre a Costa Nova e a ponte da Vagueira, a repulsar para o mar entre o parque de campismo da Costa Nova e a praia da Vagueira. A outra encontra-se a dragar entre as pontes da Vagueira e do Areão, a repulsar para o mar no esporão da praia do Labrego.

Foram já dragados, a norte, o canal de Ovar, desde as Quintas do Norte até ao Carregal, os canais até ao Puchadouro e ao Cais da Ribeira, o canal da Murtosa desde o cais da Ribeira de Pardelhas até à Cambeia, e a sul, o canal de Mira entre a ponte da Barra e o parque de campismo da Costa Nova e no Rio Boco (Canal de Ílhavo), entre a A25 e a ponte da Fareja, faltando assim a extremidade mais a sul entre a Ponte da Fareja e o Cais dos Moliceiros em Vagos.

Durante o período do Verão iniciarão os trabalhos de dragagem nos Canais Centrais e Lago do Paraíso, cujos dragados serão depositados nas marinhas e no reforço de motas atualmente degragadas.

Encontram-se também concluídos os trabalhos de rebaixamento da conduta de águas residuais que atravessa os Canais de Mira e de Ílhavo, por forma a permitir o aprofundamento dos canais naquela zona.

No final serão colocados novos equipamentos de balizagem e sinalização dos canais, necessários à navegação.

Recorde-se que esta empreitada – Transposição de Sedimentos para Otimização do Equilíbrio Hidrodinâmico na Ria de Aveiro (também designada por Desassoreamento na Ria de Aveiro) – está em curso desde 23 de abril de 2019, tendo sido adjudicada pela Polis Litoral – Ria de Aveiro ao Consórcio “ETERMAR/MMAS/ROHDE NIELSEN”, pelo valor de 21,6 milhões de euros.

Está previsto dragar cerca de 1 milhão de m3 de sedimentos nos canais de Ovar até ao Carregal e até Pardilhó, da Murtosa, de Ílhavo (rio Boco), de Mira, no Lago do Paraíso e na Zona Central, numa extensão global de 95 km, cujo objetivo passa também pelo reforço de margens e motas em zonas baixas ameaçadas pelo avanço das águas e da deriva litoral, contribuindo desta forma para a minimização de riscos, especialmente de erosão costeira.

Esta ação é financiada pelo POSEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, com uma comparticipação de 75%, sendo a contrapartida nacional assegurada pelo capital social proveniente do Estado e pelas Águas do Centro Litoral, no que respeita à estabilização das suas condutas.

Polis Litoral Ria de Aveiro

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