Uma mulher de 52 anos assumiu, esta terça-feira à tarde, no Tribunal de Aveiro, a autoria de um incêndio em Válega, concelho de Ovar, junto à sua residência, mas alegou que foi uma queimada para limpeza de terreno de que é proprietária junto à estrada, tendo tido cautelas, incluindo uma mangueira com água.
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“Foi a primeira vez, não o fiz por mal. Não sabia que era preciso pedir um papel para uma fazer uma fogueirasita, aquilo era só fumo”, afirmou a arguida, doméstica, em resposta à juíza presidente ano início do julgamento em que responde por crime de incêndio florestal agravado relativo a factos ocorridos a 2 de junho de 2024, ao final da tarde.
Segundo a acusação, o fogo foi ateado em dois pontos distintos com recurso de fósforos numa zona de vegetação, evoluindo de forma rápida para área florestal. Valeu a chegada dos bombeiros, que controlaram as chamas antes que atingissem proporções maiores e representassem perigo para casas na vizinhança.
Questionada pela Procuradora do Ministério Público, a mulher disse que sofreu as queimaduras que lhe foram encontradas nos braços devido a lume, mas na lareira de casa e, também, que não estava alcoolizada à hora em que foi dado o alerta de fogo por uma vizinha. “Bebi vinho branco à refeição, em excesso não. Não bebia assim tanto”, declarou.
Após a intervenção dos bombeiros, manteve-se nas imediações e o seu comportamento foi notado. “O discurso era incoerente, não percebi porquê. Aparentava estar alcoolizada, pela maneira de falar e também cambaleava”, esclareceu um militar da GNR que esteve presente na ocorrência. Um outro Guarda confirmou que a mulher “estava referenciada” por situações idênticas. Quando confrontada no dia do fogo terá justificado a queimada porque a autarquia local não procedia a limpeza dos matos próximos.
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