Ovar: Época balnear sem obras urgentes no Furadouro / Governo prepara intervenção alargada na defesa da costa

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Praia do Furadouro (Foto de Henrique Oliveira).

O Governo deverá anunciar, este mês, em Ovar, uma intervenção alargada na defesa da costa em ‘pontos negros’ do concelho. Informação transmitida pelo presidente da autarquia durante a última Assembleia Municipal.

O tema foi levantado por Fernando Almeida, vogal independente, a denunciar o que chamou de “cenário degradante” na praia do Furadouro “em plena época balnear”. Quem passa pela marginal, alertou, encontra “ferros e fitas a isolar a zona onde há risco do mar entrar”. Já na zona central, onde existem barracas para alugar, “uma corda veda o acesso” dos banhistas, existindo risco de quedas. “No areal, é preciso fazer algo rapidamente, antes que haja alguma tragédia”, avisou o deputado.

Em resposta, o presidente da edilidade admitiu que, nesta altura, esperava que tivessem sido executadas obras de urgência para minimizar os problemas de erosão costeira que recorrentemente afetam a praia do Furadouro nos últimos anos.

Salvador Malheiro lembrou as garantias dadas pelo Secretário de Estado do Ambiente, após uma visita ao local, comprometendo-se “no imediato” com a realização de trabalhos de correção dos “rombos na defesa aderente” que subsistem desde 2021. Obras de “pequena monta”, na ordem dos 70 mil euros, mas que seriam suficientes para dar segurança durante a época balnear mais um ano.

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No entanto, a Câmara de Ovar viria a ser “confrontada” com decisões contrárias às esperanças criadas aquando da visita, afastando a possibilidade de serem executados trabalhos urgentes a tempo do verão. O que levou o edil a responsabilizar o Governo por qualquer acidente que suceda no Furadouro durante a época balnear.

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A autarquia ficou a saber, entretanto, que existem outros planos para a defesa da costa. “Dizem-nos agora que é para englobar numa obra maior a anunciar este mês, que tem a ver com a manutenção dos esporões a sul e a norte e defesas aderentes de 2,5 milhões de euros. Fomos obrigados a dizer que se acontecer lá algum problema, alguma catástrofe com pessoas, o único responsável é o Governo”, disse.

Cansada de substituir-se ao Governo, como aconteceu em intervenções anteriores, a autarquia fica, assim, à espera seja lançado o concurso público para “obras um pouco mais estruturais, mas que não são ainda os ‘quebra mar’ destacados” que se perspetiva poderem ser mais eficazes na proteção do litoral ameaçado pelo avanço do mar. “Aí há a palavra do ministro de vir cá no outono dar o pontapé de saída”, referiu Salvador Malheiro.

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