A pandemia de Covid-19 fez com que quase metade da população ativa da União Europeia (UE) estivesse em teletrabalho, total ou parcial contra cerca de 10% antes da crise pandémica, segundo o Eurofound – Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho), baseado em 90 mil inquéritos ‘online’.
Mais de um terço (34%) trabalhavam exclusivamente em casa há um ano, segundo uma notícia do jornal de economia Dinheiro Vivo.
A Bélgica é o país onde a percentagem de teletrabalhadores é mais elevada (superior a 50%), seguindo-se Irlanda, Itália, Espanha e França, com níveis acima dos 40%. Portugal surge em sexto lugar, com quase 40%.
O setor dos serviços foi o que registou maior incidência de teletrabalhadores, enquanto os setores com menores níveis foram os da ‘linha da frente’, como a saúde, transportes e agricultura bem como os afetados diretamente pelas restrições, como é o caso do comércio e alojamento.
Daqueles que trabalharam em casa durante a crise pandémica, mais de metade (54%) já o tinha feito anteriormente, enquanto 46% eram novos teletrabalhadores.
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Um estudo recém divulgado pela consultora Accenture indica que 83% das pessoas afirmam que um modelo de trabalho híbrido é o ideal, com a possibilidade de trabalhar remotamente de qualquer lugar entre 25% e 75% do tempo.
40% dos indivíduos que responderam sentem que podem ser produtivos e manter o bem-estar em qualquer lugar – seja remoto ou fisicamente no local, ou uma combinação dos dois – um local de trabalho híbrido.
Já 85% das pessoas que afirmam que podem manter a produtividade e o bem-estar em qualquer lugar também afirmam que planeiam permanecer na mesma empresa durante muito tempo.
Intitulada “The Future Of Work: Productive Anywhere”, a investigação envolveu entrevistas a 9.326 profissionais.
“Há um padrão que emerge na força de trabalho pós-pandemia – ‘o colaborador produtivo em qualquer lugar”, afirma Pedro Galhardas, Managing Director, responsável pela área de Strategy & Consulting da Accenture Portugal.
O novo segmento de colaboradores consiste em indivíduos que permanecem produtivos – seja fisicamente no local de trabalho ou em casa – e que são quem tem os mais robustos recursos pessoais e organizacionais.
As empresas e organizações precisam, de acordo com os especialistas, direcionar a discussão sobre o futuro do trabalho não apenas para a localização, mas também para ir ao encontro do que impulsiona a produtividade, saúde e resiliência dos nossos colaboradores.
Conclusões:
- O que separa os profissionais que são produtivos em qualquer lugar (40%) daqueles que se sentem desconectados e frustrados (8%), não é o stresse, mas o facto de terem os recursos certos, a nível individual e organizacional, para os ajudar a serem mais produtivos em qualquer lugar (autonomia no trabalho, saúde mental, liderança próxima, organização digitalmente madura, por exemplo);
- As organizações que permitem que uma força de trabalho resiliente seja mais produtiva e equilibrada em qualquer lugar, estão também a arrecadar benefícios financeiros: 63% das empresas com altos indíces de crescimento e aumento de receita, já possibilitam modelos de força de trabalho de ‘produtividade em qualquer lugar’;
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