A ideia é de Minouche Shafik, presidente da Universidade de Columbia, e encontra-se em A Coragem para Liderar, de Brené Brown (Nascente): os empregos do passado dependiam dos músculos; os do presente dependem do cérebro; os do futuro dependerão do coração.
Por Miguel Pina e Cunha *
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A ideia, porventura desafiante, parece suportada por investigação recente e obriga a pensar. No passado, o trabalho braçal prevaleceu até ser substituído, em resultado das sucessivas revoluções industriais, pelo trabalho mental.
A atual economia do conhecimento empurra algum trabalho para os novos algoritmos: decisões programáveis serão tomadas por sistemas de inteligência artificial. Às pessoas caberá trabalhar com o “coração”: sustentar relacionamentos criadores de valor e trazer soluções criativas. Os novos líderes liderarão com um reportório de soft skills mais alargado.
Precisamos que essas soft skills sejam usadas para encontrar soluções colaborativas para problemas complexos. Mas a verdade é que na política, na vida empresarial e mesmo na vida associativa, a vontade de reforçar identidades únicas parece prevalecer sobre o desejo de criar pontes inter-identitárias.
O resultado está à vista: polarização, gritaria, falta de acordo mesmo sobre aquilo em que todos estamos de acordo. Maus augúrios. Trabalhar com o coração não devia ser isto. E implica uma boa dose de razão.
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