Durante a crise pandémica, desemprego jovem disparou para valores acima dos 40% em muitos dos países da EU.
Por Observatório do Emprego da Universidade de Aveiro *
O conceito NEET (ovens dos 15 aos 34 anos que não estudam, não trabalham, nem frequentam formação) tem vindo a ser amplamente usado para designar indivíduos que, em algum ponto das suas vidas não se encontram em contexto de educação formal, emprego ou formação, sendo por isso uma definição essencial no estudo da transição dos jovens para o mercado de trabalho evidenciando algumas barreiras e desafios que frequentemente eles enfrentam.
Reflete também a necessidade de um olhar atento por parte dos decisores de política no sentido de ajudar a desenvolver os mecanismos corretos de promoção de educação, emprego, formação e inclusão social.
Trata-se de uma designação que está frequentemente ligada às crises, dado que os jovens apresentam bastante vulnerabilidade aos ciclos económicos. Evidência da recessão financeira anterior pode confirmá-lo já que se verificou um aumento das taxas de NEETs em todos os Estados Membros com exceção da Áustria, Alemanha e Luxemburgo.
Estes efeitos, para além de imediatos são persistentes e perpetuam desigualdades daí, este grupo, exigir uma especial atenção por parte dos decisores políticos. Se por um lado a crise de 2008-2013 expôs as fragilidades deste grupo às recessões económicas quando comparados com outros grupos, a crise pandémica pode vir a sublinhar ainda mais esses efeitos.
Durante a crise pandémica, desemprego jovem disparou para valores acima dos 40% em muitos dos países da EU.
Na União Europeia são várias as iniciativas e programas destinados a esse grupo vulnerável, um desses exemplos é o projeto Erasmus+ “My Career Our Game” (MCOG) em que a Universidade de Aveiro (UA) é parceira, em conjunto com entidades da Polónia e da Macedónia.
O projeto está a desenvolver instrumentos para diminuir a incidência de NEETs, atuado ao nível da educação secundária e superior.
A equipa de investigação do projeto desenvolveu recentemente um de apoio à orientação vocacional, para jovens em início de carreira. Este modelo proposto é baseado em práticas positivas de vários países da Europa, além das experiências dos três parceiros do projeto Macedônia, Polônia e Portugal, nomeadamente através da UA.
Assim, o “Innovative modelo of face-to-face career guidance” que é proposto, inclui 10 passos de forma a preparar os jovens para iniciar sua vida profissional no seu nível e área mais apropriados de forma a poderem estar preparados para a tomadas de decisão quanto a sua educação, treinamentos e carreira.
* Newsletter de maio de 2021 acessível em https://uaonline.ua.pt/upload/med/joua_m_7967.pdf
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