Orçamento do Estado 2019: Sinto-me, quase, tentado a votar… PS

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Assembleia da República.

Assistimos, por parte de BE e PCP, à constante preocupação em chamar a si a responsabilidade de medidas que consideram positivas, ou seja, as suas propostas, quase fazendo esquecer as inúmeras vezes que o tapete foi tirado ao PS.

Paulo Marques *

São tantas as medidas positivas e agradáveis… de se ouvir que, quase, nos esquecemos das dolorosas contrapartidas, de um passado recente.

Quase nos esquecemos que este tipo de conduta política fez-nos pagar uma fatura bem cara, um incomensurável esforço financeiro por parte de todos os portugueses.

Quase me esquecendo de que vou ter de pagar, como toda a gente, mais tarde ou mais cedo, os repetidos exageros da gestão socialista, sinto-me, quase, tentado a votar…PS.

É a conclusão a que chego depois do júbilo governativo, por parte do Partido Socialista e das “Cobaias Políticas”, leia-se PCP e BE, que, a troco de uma mão cheia de nada, continuam a afirmar que têm agenda política própria, suficiente para vergar os impulsos despesistas de uma governação socialista que vive à custa do logo se vê o que é que acontece, assumindo, deste modo, uma gestão dita participada, responsável, equilibrada e sustentável.

Efetivamente e constantemente, presenciamos uma espécie de teatro político, condicionado ao verdadeiro autor do Guião, de seu nome, António Costa.

Quais marionetes. Isto é, num palco que começa a ficar pequeno, não havendo mais espaço para tanta contradição ideológica, assistimos, por parte de BE e PCP, à constante preocupação em chamar a si a responsabilidade de medidas que consideram positivas, ou seja, as suas propostas, quase fazendo esquecer as inúmeras vezes que o tapete foi tirado ao PS.

E se consideram, democraticamente, que não tem sido assim, então, peço que meditem.

Considerando a tão propagandeada influência política de BE e PC, qual o motivo que impede a Geringonça” de se extinguir de forma natural, no fim do mandato, permitindo que, isoladamente, as forças políticas nela participantes, por via das urnas e não por arte e engenho de um guião qualquer, possam reganhar e afirmar o seu espaço político?

Quase que acredito que António Costa ficaria satisfeitíssimo com tal coragem, por parte de BE e PCP, qual pedra no sapato do quase “auto proclamado” Primeiro – Ministro de Portugal.

No entanto, e sem quase, todos sabemos que, precisamente por falta de coragem política, falta de seriedade ideológica e falta, acima de tudo, de vontade em fazer parte de uma solução governativa descontextualizada com a Geringonça, BE e PCP, nunca o farão.

Conhecem as suas limitações governativas, o queremos, podemos, mas não mandamos e acima de tudo, sabem que o eleitorado mais atento não esquece que na história democrática do País aconteceu uma “ Geringonça” que jamais ao “Diabo” lembraria.

Para concluir, quase que me atrevo a dizer que, se algo correr menos bem, dirão pública e categoricamente, que a culpa foi do anterior governo de direita.

Eu disse quase!

* Gerente comercial.