O movimento independente Unidos por Oliveira do Bairro (UPOB), que tem um vereador na Câmara local, “lamenta profundamente a forma como a imagem e o bom nome” do concelho “estão a ser manchados pelas notícias decorrentes do processo instaurado pelo Ministério Público a autarcas” locais.
Em causa, a acusação deduzida por prevaricação e violação de normas de execução orçamental contra 16 arguidos, entre os quais o presidente, vice-presidente do município e duas vereadoras da maioria CDS, assim como o presidente da Assembleia Municipal e membros deste orgão.
“Em mais de quarenta anos de poder autárquico nunca se assistiu a nada que se assemelhe ao que temos vindo a presenciar ao longo desta última semana. Os arguidos são 17 mas este processo afeta todos os oliveirenses”, refere um comunicado do UPOB.
O movimento cívico afirma que “não se revê na forma de fazer política a que se está a assistir em Oliveira do Bairro”, lamentando que a reação da Câmara Municipal “procure envolver todas as forças políticas nesta ilegalidade, tentando iludir a opinião pública com um consenso político que não existiu.”
“Em todos os órgãos em que tem assento – Câmara e Assembleia Municipal – o UPOB votou sempre contra a proposta de orçamento apresentada pelo executivo e que é agora alvo do processo instaurado pelo Ministério Público”, garantem os independentes.
Os presidentes de Junta da Palhaça e de Oliveira do Bairro – eleitos respetivamente pelo UPOB e pelo PSD – “só votaram favoravelmente após garantia expressa do sr. presidente de Câmara da legalidade do documento, referenciando a existência de contratos de venda de terrenos que justificavam o valor empolado no orçamento, que se veio infelizmente a verificar mais tarde não existirem.”
“Se tivesse sido assumida uma atitude de diálogo e tido em conta a opinião da Oposição, toda esta situação teria sido evitada, conclui o UPOB.
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