A Câmara de Oliveira do Bairro aprovou por unanimidade, esta segunda-feira, um parecer desfavorável às propostas ‘em cima da mesa’ no âmbito do processo de Licenciamento Único de Ambiente e do Projeto “Alta Velocidade – Lote B – Troço Soure/Aveiro (Oiã)”.
“A informação técnica” levada à reunião de Câmara refere que “qualquer uma das alternativas apresentadas tem fortíssimos impactes negativos à escala local que irão perdurar no tempo”.
Apesar disso, “tendo, também, presente que se trata de um projeto estruturante, gerador de sinergias e desígnios importantes para o país, considera-se que a alternativa que menos prejudica” o município é a identificada pelo Estudo de Impacto Ambiental como ‘Alternativa 1 – Eixo 4 e Ligações à Linha do Norte em Oiã’. Isto porque, “quando comparado com o traçado alternativo, traduz-se em menores impactes sociais, visuais e ambientais e económicos.”
A pronúncia que será enviada para Agência Portuguesa do Ambiente pede benefícios para fazer face ao impacto negativo criado pela Alta Velocidade. “E da mais elementar justiça, a compensação desta externalidade negativa, através da criação do nó de acesso à A1, a sul da Zona Industrial de Vila Verde”. A construção desta obra “há tanto tempo prometida, terá um efeito extraordinário no desenvolvimento económico desta região e permitirá, per si, o ressarcimento do efeito nefasto” da passagem do TGV “nas condições em que está prevista”. “O investimento público não pode contribuir para agravar as desigualdades territoriais existentes. Só a criação de contrapartidas justas permitirá construir um território mais desenvolvido e próspero, mas também mais coeso e solidário”, sublinha a autarquia a que preside Duarte Novo.
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