O XI Congresso da Indústria de Moldes, recentemente realizado em Oliveira de Azeméis, trouxe ao nosso concelho importantes players mundiais, deste relevante setor de atividade económica.
Por Joaquim Jorge *
Na sessão de abertura, que se realizou no “novo” Teatro Municipal, tive a oportunidade de lembrar que: Oliveira de Azeméis em 2020, de acordo com os Censos, tinha 7.494 empresas, mais 1.181 que em 2010, empregando 29.809 trabalhadores. A grande maioria destas são pequenas e microempresas. Contudo, cerca de 500 empresas têm mais de 10 trabalhadores.
Mais de 1.100 são do ramo das indústrias transformadoras, empregando mais de 17.100 trabalhadores. Ou seja, mais de metade da força de trabalho do nosso concelho. Somos um concelho de gente dinâmica e inovadora. Os nossos empresários são empreendedores com visão, capazes de ousar e de enfrentar os riscos que todo o investimento pressupõe. Os nossos trabalhadores são pessoas dedicadas, qualificadas e competentes.
O futuro de Oliveira de Azeméis está assegurado. Mas temos desafios que devemos enfrentar. É necessário apostar ainda mais na educação. Quanto mais elevado for o grau de capacitação e educação dos nossos jovens, maiores são as garantias de sucesso e de desenvolvimento. É necessário apostar mais na formação profissional. Escasseiam profissionais devidamente qualificados, para responder às necessidades das empresas. Temos no nosso concelho estabelecimentos de ensino de referência, desde o pré-escolar até ao ensino superior, e centros de formação altamente equipados e qualificados que promovem a especialização da nossa população ativa. Mas há um problema com a falta de mão-de-obra.
Em 2021 o concelho recebeu mais de 400 migrantes para trabalharem nas nossas empresas. Mas estas pessoas precisam de habitação digna, de transportes e formação. Este é um novo problema que se coloca às empresas e à Câmara Municipal. Apraz-nos registar que a comunidade oliveirense tem sabido acolher e integrar bem estes novos habitantes. Prevê-se que, nos próximos anos, estes números aumentem, o que obrigará a uma resposta integrada do município e de todas as Instituições, como as escolas e as instituições de economia social.
A força e o crescimento sustentado do tecido económico oliveirense passam pelas respostas que, em conjunto, saibamos encontrar. Conseguimos alicerçar, no passado, uma indústria pujante, que é hoje uma referência nacional e internacional, que muito nos orgulha. Temos a obrigação de estruturar no presente, a realidade económica que queremos ser no futuro, reforçando assim a importância do nosso concelho, enquanto referencial de progresso e de desenvolvimento, e como território de oportunidades com elevados padrões de qualidade de devida, para quem nele vive, investe e trabalha.
* Presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis (editorial da revista municipal VITA, Junho de 2023).
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