Um homem de 54 anos, fisioterapeuta, foi condenado, esta terça-feira, no Tribunal de Aveiro, a oito anos e dois meses de prisão pelos três crimes de abusos sexuais de menores que lhe estavam imputados, dois dos quais na forma agravada, ocorridos quando residiu em Aveiro.
Terá ainda de pagar uma compensação financeira de 10 mil euros à vítima, que é filha de uma médica com quem o arguido tinha uma relação de amizade.
Trata-se de um reincidente, uma vez que já tinha sido condenado, também em Aveiro, num outro processo por abuso sexual de menor a seis anos e meio de cadeia. No entanto, acabaria por fugir para o Brasil de onde foi extraditado no final de 2015, estando a cumprir a pena.
O primeiro episódio dos abusos sexuais agora julgados remonta a 2006, quando a menina, na altura com seis anos, era confiada ao indivíduo pela mãe para trabalhar à noite ou no fim de semana.
O processo inclui mais duas situações de atos sexuais de relevo dados como provados. Uma ocorrida quando a rapariga tinha 10 anos, da qual fez queixa à mãe, tendo sido por esta afastada do convívio com o abusador.
No entanto, em 2013 a médica pediu novamente ajuda ao amigo, desta vez para colaborar numa clínica que abrira numa freguesia dos arredores de Aveiro. No reencontro com a vítima, então com 13 anos, persistiu nos abusos, forçando-a, desta vez, a manter relações sexuais.
A condenação a oito anos e dois meses resulto do cúmulo jurídico das penas parcelares de três, cinco e cinco anos e seis meses de prisão.
Durante a permanência no Estado brasileiro da Bahia, o arguido casou com uma cidadã local da qual veio a divorciar-se. Segundo as autoridades policiais, o homem publicava na Internet anúncios, oferecendo os seus serviços como fisiatra, psicólogo, sexólogo e nutricionista dietético.
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