Não baixaremos os braços e continuaremos a trabalhar empenhadamente, não abdicando de princípios morais e éticos em prol de uma Freguesia, mais justa, mais solidária e sobretudo, mais desenvolvida.
Por João Morgado *
Nesta Sessão Comemorativa do 30.º Aniversário da Elevação de Eixo à categoria de Vila, quero começar por agradecer a presença de todas e todos os convidados, dar-lhes as boas vindas, bem como saudar, de uma forma muito especial, todos os Eixenses aqui presentes.
Agradeço de forma especial a presença e participação neste ato, aos ilustres convidados que comigo partilham esta mesa:
Dr. Mário ferreira – Pres. da Assembleia de Freguesia;
Monsenhor João Gonçalves Gaspar;
Sr. Major João Humberto de Carvalho – Pres. do Núcleo de Aveiro da Liga dos Combatentes;
Eng. Ribau Esteves – Pres. da Câmara Municipal de Aveiro.
No dia 30 de junho de 1989, a Lei 45/89 que propunha a elevação de Eixo, à categoria de Vila, foi aprovada por unanimidade na Assembleia da República, tornando oficial o nome da nossa terra como Vila, e sublinho oficial, porque na realidade, Eixo já era Vila e isso perde-se no tempo.
A referência á Vila de Eixo já aparece em relatos históricos de abril de 1081 (á mais de 900 anos) quando D. Gonçalo Luz doou a sua esposa várias propriedades, sitas entre os rios Minho e Mondego, entre as quais consta a Vila de Exu, (Exu que mais tarde deu origem a Eixo)
Em maio de 1854, a Vila de Eixo deixou de ser a sede do Concelho de Eixo, mas não perdeu por esse facto a categoria de Vila, mantendo até aos dias de hoje essa honra que foi então reconhecida pela Assembleia da República em junho de 1989.
Deixo o desenvolvimento da história da nossa Vila para o nosso Ilustre convidado Monsenhor João Gonçalves Gaspar que tem tido um papel fundamental na pesquisa e partilha da história do nosso passado.
Homenageamos também hoje os ex-combatentes no Ultramar Português, que dando em alguns casos a sua própria vida, defenderam e honraram a nossa pátria.
Nos dias de hoje, o Autarca deve conhecer o passado, mas tem que saber muito mais do que a história do passado, tem que saber e fazer muito mais do que contar histórias, tem que ter capacidade para fazer muito mais e muito melhor pela sua terra.
O Autarca da Freguesia tem que ter uma série de competências e conhecimentos em várias áreas, desde a contabilidade pública, Lei de compromissos e Lei das autarquias Locais, para evitar algumas infrações cometidas no passado.
Nos últimos anos, tivemos alguns acontecimentos importantes para o desenvolvimento da nossa Freguesia, de todos eles destaco a nossa Escola básica, pela sua enorme importância na área da educação e pelo seu não menos importante papel no seio da nossa comunidade. Foi certamente o que de melhor aconteceu na nossa Freguesia nos últimos 20 anos.
Uma das principais caraterísticas da nossa Freguesia é o dinamismo e a capacidade de trabalho das nossas associações/instituições, bem como o forte envolvimento e empenho da nossa população nas suas atividades, numa manifestação genuína de voluntariado, carolice e cidadania. Por tal facto, é meu dever deixar uma palavra de reconhecimento a estas forças vivas, pelo papel ativo que desempenham na nossa sociedade. Podem ter a certeza de que este executivo tudo fará para continuar a apoiá-las.
Em relação ao presente, aproveito ainda a oportunidade para reconhecer e agradecer publicamente todo o empenho e dedicação dos restantes membros do executivo, a que presido e de todos os nossos colaboradores. Apesar das dificuldades e adversidades do dia a dia, não se têm poupado a trabalhos, cuidados e sacrifícios para concretizar projetos e contribuir de uma forma ativa para a salvaguarda dos interesses da Freguesia e para a melhoria das condições de vida da nossa comunidade. Apesar das inúmeras dificuldades, temos mostrado obra feita, procurando realizar os projetos que propusemos levar a cabo.
Pensando agora no futuro próximo e nos desafios que temos pela frente, podemos e devemos aproveitar o importante instrumento de gestão territorial (PDM) que tem em curso o seu processo de revisão, para preparar o nosso território e enfrentar com êxito os desafios que temos pela frente.
Passo a elencar três situações que podem fazer toda a diferença no desenvolvimento sustentável da nossa Freguesia e consequentemente do nosso Município:
1. Com a ligação rodoviária entre o nó da Moita (A17) e a estrada entre Eixo e Oliveirinha (Ex.EN230/1) criamos condição para desenvolver a nossa área Industrial onde existem terrenos pouco acidentados e com acesso rápido ás autoestradas e ao porto comercial. Com esta operação, criamos emprego, fixamos a população e aproveitamos o solo de baixa produtividade agrícola, rentabilizando a sua utilização;
2. Desenvolver a alternativa rodoviária a Eixo e Azurva de forma a retirar todo o trânsito pesado e muito do ligeiro que atravessa o centro da localidade, criando assim condição para aplicar e desenvolver meios de mobilidade suave com segurança;
3. Para concluir, na mesma linha das situações anteriores, só falta mesmo a ligação Aveiro Águeda que já está anunciada desde muito antes da aprovação pela Assembleia da república da elevação de Eixo a Vila, e ainda não saiu do papel. Esta é certamente uma aposta centrada na captação de novos polos comerciais e industriais para a nossa Freguesia e para o nosso Concelho.
Da nossa parte, não baixaremos os braços e continuaremos a trabalhar empenhadamente, não abdicando de princípios morais e éticos em prol de uma Freguesia, mais justa, mais solidária e sobretudo, mais desenvolvida.
Muito obrigado a todos pela vossa presença, bem hajam.
Viva a Freguesia de Eixo e Eirol.
Viva o Concelho de Aveiro.
Viva Portuga.
* Presidente da Junta de Freguesia de Eixo e Eirol, discurso na Sessão Comemorativa do 30.º Aniversário da Elevação de Eixo à categoria de Vila