Há tempos, um ilhavense perguntou-me onde era o “Poço de Santiago” em Aveiro. Lembrei-me, na altura, que um velho amigo, “cagaréu” de gema, me deu inadvertidamente a entender, há anos, no meio de uma conversa de café, que conhecia esse nome, mas não sabia exactamente onde ou o que era.
Por Diamantino Dias *
Aconteceu que, durante dias, esse “dado” me começou a vir, recorrente e inusitadamente, à ideia, sem que eu compreendesse a razão pela qual ele saía da gaveta, onde estava arquivado há mais de sete dezenas de anos, sem eu ter clicado na tecla mental de pesquisa.
Até que, uma noite destas, durante o período de reflexão que sempre faço antes de adormecer, compreendi a razão desse comportamento anómalo.
O “Poço de Santiago” entendia ser um bom tema para um artigo do “Notícias de Aveiro”, por duas razões: primeira, muitos dos seus antigos milhares de utentes gostariam de recordar a infância e juventude; segunda, esse escrito poderia constituir um útil documento para alguém que possa vir a fazer a História de Aveiro referente a meados do século passado, porquanto ele supriu, durante dezenas de anos, uma grande e grave lacuna, no que respeita às infra-estruturas de formação desportiva não competitiva, na predita época, muito especialmente, na área da então Freguesia da Glória.
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* Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas, Estudos Portugueses e Franceses, Técnico Superior Assessor Principal da Câmara de Aveiro – reformado (página do autor em Aveiro e Cultura).