Os combustíveis continuarão a subir, por via do descongelamento da taxa de carbono previsto no Orçamento do Estado para 2025, que prevê um encaixe adicional para as Finanças de 650 milhões de euros.
Por Carlos Branco *
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A política ambiental de Bruxelas não desfavorece a adoção de tal medida, mas o espectro de nova escalada da inflação preocupa os meios económicos. Sabe-se como o aumento dos combustíveis contamina as demais produções, e particularmente a alimentar, mas sobremaneira o setor dos transportes.
Fatores externos, de ordem geopolítica armada, no Médio Oriente e no Leste europeu têm contribuído para temer pelo aumento do preço do crude, de referência para o mercado português, e no gás engarrafado.
Só a fazenda pública ficará satisfeita com tal encaixe, pois muitos outros já se manifestam com muita preocupação, sejam a ANAREC (revendedores de combustível), ou a ANTRAM (associação dos transportadores), que alerta para a repercussão de tais aumentos no cliente final, mas também para a possibilidade de despedimentos no setor.
Ninguém gostará, enquanto a sociedade não estiver suficientemente descarbonizada, enquanto necessitarmos dos combustíveis fósseis. É por isso que é tão urgente encararmos as novas energias com outros olhos, ou com uma reação menos adversa. E não só pelo automóvel que se move a bateria elétrica, mas com todas as formas de locomoção mecânica com energias alternativas sem emissão de gases com efeito de estufa.
Neste número falamos um pouco sobre o estudo que nos revela o poder da bateria nos veículos elétricos ligeiros, que está a revelar uma adesão significativa na Europa e uma diferente mobilidade urbana, feita de veículos de duas rodas e de microcarros. Ou de como as autoestradas podem carregar os nossos veículos por indução.
Mas também alternativas como o BRT, menos onerosa que o modo ferroviário, e que está a chegar a Portugal.
A tecnologia existe. Só temos que olhar para ela e entender um pouco mais do que está a acontecer…
* Editorial da Revista E Mobilidade +.
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