A prestação dos jogadores do Beira-Mar na receção ao Fontinhas (2-0) mereceu nota positiva da equipa técnica aveirense, depois do ‘puxão de orelhas’ dado aquando da ronda anterior, no empate a zero com o Oleiros.
“Estamos extremamente satisfeitos com a exibição, havendo sempre aspetos a corrigir, como é a lógico. Nem a semana passada estava tudo mal, nem esta semana por termos ganho está tudo bem”, começou por declarar o treinador adjunto aveirense na análise ao jogo que marcou o regresso às vitórias.
Fabeta, que voltou a liderar a equipa por ausência de Ricardo Sousa, castigado, aproveitou para explicar as afirmações da antevisão, quando o técnico principal pediu, além de empenho, golos. “Quando falou em ‘cilindar’ nunca foi para desvalorizar o Fontinhas, simplesmente era o próximo adversário, fosse ele quem fosse, a nossa vontade era demonstrar o que não demonstrámos a semana passada”, disse.
“Os jogadores quiseram dar outra imagem, demonstrar o que já fomos até há pouco tempo atrás, e não foi assim há tanto tempo, podemos falar dos jogos, em parte, de Anadia e com Oleiros, de resto a equipa tem estado a bom nível”, acrescentou.
“Nunca podemos esquecer tudo o que está a ser construído pelo Beira-Mar, é um processo longo, estamos no bom caminho, sabemos que vamos ter altos e baixos, vamos tentar manter sempre os altos quando possível”, disse ainda o técnico adjunto.
Faltaram os golos para dar maior expressão ao domínio e ocasiões criadas. “O Fontinhas apresentou-se de uma diferente do que esperávamos, pela nossa observação nunca apresentar uma linha tão defensiva como hoje, nunca é fácil atacar contra uma equipa que defende com todos os homens atrás. Mesmo assim criámos imensas oportunidades, mas infelizmente não aproveitámos. É algo que temos de trabalhar com quem joga na frente, sem poderemos apontar nada a quem falha golos. Estaríamos mais tristes se a equipa não tivesse criado oportunidades”, referiu.
O Beira-Mar volta a aproximar-se do Praiense, mas Fabeta desvaloriza nesta fase. “Não estamos focados nos outros, na redução da diferença, estamos focados é no nosso trajeto, em obtermos os pontos necessários para o mais rapidamente possível alcançarmos o objetivo, que é a estabilização. E estar mais próximos dos lugares cimeiros. Se no final der para os play off ficaremos todos de parabéns”, concluiu.
“Viemos para tentar ganhar” – treinador do Fontinhas
Já o treinador do Fontinhas garantiu que a estratégia não era só defender. “Viemos para tentar ganhar o jogo, não conseguimos e sofremos dois golos. Apesar da derrota, amadurecemos em alguns aspetos, transmiti isso aos jogadores no fim. Para ganhar o jogo podemos jogar mais defensivamente ou mais na frente. Se tivesse cinco avançados talvez não ganhassse. O Beira-Mar – que há-de ter sete, oito vezes o nosso orçamento – fez a sua obrigação. Perder aqui é perfeitamente normal, foram melhores”, afirmou Pedro Lima para quem a sua equipa “já demonstrou qualidade” para conseguir o objetivo, que passa pela manutenção.
João Dias agradece homenagem
João Dias, o médio do Fontinhas, foi homenageado pela direção do Beira-Mar por ter sido um dos ‘heróis’ nas épocas de 2015 a 2017, quando o clube foi despromovido e teve de recomeçar pelo patamar mais baixo dos distritais de Aveiro. “Queria agradecer ao clube e aos adeptos que me receberam de forma incrível. Não estava à espera e fico eternamente grato a uma casa onde fui feliz”, afirmou o jogador que tem como companheiro de equipa o irmão gémeo José Dias (suplente não utilizado frente ao Beira-Mar).
“Viemos tentar surpreender, não conseguimos. Vamos trabalhar com dedicação para que esta derrota não nos abale. Tentámos sair em contra ataque e surpreender, tivemos uma oportunidade na primeira parte para marcar e quisemos arriscar um pouco mas não conseguimos, há que dar mérito ao Beira-Mar. Não é o fim, há mais jogos, vamos lutar para conseguir os nossos objetivos”, concluiu João Dias.
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