Novos espaços para novas formas de aprendizagem

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Universidade de Aveiro, biblioteca.
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Para responder às necessidades de qualificação de uma sociedade em transformação, as instituições de Ensino Superior têm de se transformar também. A necessidade de novas abordagens também se sente no ensino e aprendizagem.

Por Paulo Jorge Ferreira *

É importante que as instituições de Ensino Superior preparem respostas adequadas. A Universidade de Aveiro, no âmbito da Universidade Europeia ECIU, agora com novo financiamento aprovado pelo Programa Erasmus+, tem desenvolvido alguns dos conceitos-chave: caminhos de aprendizagem flexíveis, microcredenciais e ensino baseado em desafios.

A transformação não é superficial. Não é possível proporcionar uma experiência de ensino e aprendizagem dirigida segundo estas linhas e centrada no estudante sem intervir também nos espaços.

Ao longo de vários séculos a “sala de aulas” mudou pouco. Um cirurgião do século XIX não reconheceria uma sala de operações do século XXI; mas um professor do século XIX reconheceria muito provavelmente uma sala de aula dita “moderna”.

As formas de ensinar e de aprender que exploramos hoje exigem ambientes de aprendizagem adequados, físicos e virtuais, que acompanhem a inovação. Os espaços devem ser flexíveis e reconfiguráveis, capazes de se adaptarem a novas necessidades; e devem facilitar a troca de experiências, o trabalho colaborativo e a interação de diferentes áreas de conhecimento.

A Universidade de Aveiro e o seu Departamento de Educação e Psicologia criaram recentemente um espaço assim: o SALT, Espaço de Aprendizagem e Ensino Ativos, disponível para quem queira inovar nas suas práticas pedagógicas. Inspirado no projeto Ambientes Educativos Inovadores, da OCDE, adapta-se à estratégia pedagógica pretendida em determinado momento, e favorece a interação entre estudantes e docentes, presencialmente e à distância, dando suporte ao ensino híbrido e colaborativo. Inclui espaços para trabalho em equipa, apresentação e partilha de ideias, trabalho individual e uma área social.

Novos espaços alinhados com as novas abordagens contribuirão para formar profissionais mais criativos, autónomos e colaborativos. Como escreveu José Ortega y Gasset, “Eu sou eu e minha circunstância”, e nessa circunstância incluem-se certamente os espaços onde vivemos e estudamos.

Vale a pena pensar nisso.

* Reitor da Universidade de Aveiro. Artigo publicado originalmente em UA.pt.

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