O lançamento do concurso para a elaboração do projeto do novo eixo rodoviário Aveiro-Águeda, a construir no âmbito das obras financiadas pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), deverá acontecer até setembro próximo.
Informação transmitida pelo presidente da Câmara de Aveiro, ao final da manhã, em Águeda, numa sessão que assinalou a formalização do Agrupamento de Entidades Contratantes, formada pelas duas edilidades, que irá assumir a empreitada, que foi “o passo novo” do processo.
Os encargos com a elaboração do projeto, ao abrigo de um acordo com a Infraestruturas de Portugal (IP) em março deste ano, será suportado em 85% por esta última entidade e os restantes 15% pelas Câmaras.
Ribau Esteves adiantou que na etapa seguinte será assinado, já com a presença do Governo, a formalização do contrato de financiamento com as entidades gestora do PRR o que precederá o lançamento do concurso da empreitada e Estudo de Impacte Ambiental
As estimativas apontam para um custo de 40 milhões de euros, a suportar a 100% pela chamada ‘bazuca’, podendo entrar em obra no mês de Março de 2024, com um prazo de execução de dois anos.
“Não temos todo o tempo do mundo”, alertou o edil, avisando que “não se poderá começar a inventar problemas”, por exemplo disputas de acessos, que causem atrasos. Até final de 2023, o concurso terá de estar “irreversivelmente em desenvolvimento” para ficar executado no final de 2026. Caso contrário, “o dinheirinho vai para trás”.
Aos “mais traumatizados” com os obstáculos enfrentados pela obra ao longo de décadas, até agora intransponíveis, Ribau Esteves lembrou que o novo projeto tem “alterações profundas” que afastam “o erro” da anterior versão, que seria feita em perfil de auto-estrada, passando a ser uma “variante” sem frentes urbanas, mas com acesso à A17 e ligações com a rede urbana. “Tem um novo impacto, muito mais positivo, para a população e empresas, isso é de profunda relevância, traz ganhos de segurança, conforto e rapidez”, garantiu o autarca aveirense.
Discurso direto
“Na prática, com este Agrupamento de Entidades Contratantes vamos trazer para as nossas mãos o destino da ligação Aveiro – Águeda, nomeadamente o financiamento, que será como em qualquer outra obra dos municípios. É um consórcio de duas Câmaras que irá fazer o contrato de financiamento e executar a ligação. Hoje é um dia feliz” – Jorge Almeida, presidente da Câmara de Águeda.
“Queria deixar um agradecimento muito especial ao Primeiro-Ministro, porque a reação da Comissão Europeia (CE) às propostas de inserir um conjunto de rodovias foi negativa. O peso político de António Costa, que usou adicionalmente a presidência da CE, foi absolutamente fundamental, embora perdendo metade das propostas rodoviárias, algumas no nosso território, como a ligação da A25 a Sever do Vouga, por exemplo” – Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro.
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PS de Aveiro diz que autarcas de Aveiro e Águeda emendaram a mão “a reboque do Governo”
Os vereadores do PS de Aveiro votaram favoravelemente a proposta hoje discutida em reunião de Câmara extraordinária, que formaliza a criação do Agrupamento de Entidades Contratantes com a vizinha autarquia de Águeda tendo em vista a construção do novo eixo rodoviário.
Em comunicado, a concelhia socialista liderada pelo vereador Manuel Oliveira de Sousa lembra que “quer do lado do município de Águeda quer de Aveiro, os autarcas chegaram a estar dispostos a deixar cair o perfil de via rápida”, mas “agora, em véspera de eleições autárquicas, emendaram a mão”, o que sucede “a reboque do Governo”.
O PS lembra ainda que “este importante investimento para a Região de Aveiro só é possível porque o atual Governo, através do Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, deu solução prática para uma antiga reivindicação das comunidades, garantindo dotação financeira” que é necessária.
Na mesma tomada de posição, a concelhia alerta ainda que é importante, no âmbito do Plano Intermunicipal de Mobilidade e Transportes da Região de Aveiro, “ver efetivamente discutidos e aplicados os princípios orientadores nacionais e internacionais no domínio da mobilidade”, incluindo aspetos relacionados com transporte público, a mobilidade sustentável e elétrica.
Ler comunicado do PS de Aveiro.
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