A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) executou cerca de 44 % do programa de modernização administrativa Região de Aveiro Digital (RAD), um ambicioso de investimento de 2,8 milhões de euros, financiado em 85 por centro pelo Centro 2020, para instalar serviços no domínio das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)
O ponto de situação foi apresentado a pretexto do Dia da Região de Aveiro Digital 2019, assinalado esta quinta-feira.
Os investimentos em curso têm como destino um projeto de base tecnológica, que permite equipar as autarquias, assim como a formação dos seus colaboradores.
“A partir de agora saltámos para uma fase de transição, de entrega aos gestores camarários de ferramentas”, sublinhou o presidente da CIRA, Ribau Esteves, esperando “ganhos de causa muito grandes, mais produtividade e redução de custos”, mas também “o envolvimento dos cidadãos, que fiarão mais informados e avisados” ao lidarem com os mais diversos processos e tramitações, cada vez mais feitas pela via eletrónica.
“Cumprimos com a boa tradição da Região de Aveiro, é o nosso quarto projeto de modernização administrativa”, acrescentou o edil aveirense, admitindo que a integração intermunicipal a este nível “não é uma decisão política fácil de assumir”, mas foi assimida “com clareza e determinação”.
Atualmente, os municípios já têm um sistema de gestão documental comum, mas trabalham no lançamento de outros serviços, como uma central de compras, um arquivo digital, postos de atendimento ou a adesão à factura eletrónica.
Discurso direto
“Estamos à espera que um dia o Governo seja eficiente para resolver o problema de o Ministério das Finanças não dar autorização à Direção-Geral das Autarquias Locais para comprar uma aplicação de 600 mil euros, que tem de instalar para receber a informação da contabilidade das câmaras que é obrigatória por lei. Um absurdo. O Estado, que cobra quase 54 mil milhões de euros de impostos aos cidadãos, de certeza que tem os 600 mil euros. Já lá vão dois anos e desperdiçámos milhões de euros na compra de aplicações que não serviram para nada e em milhões de horas de formação aos nossos funcionários” – Ribau Esteves.
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