“No dia em que eu achar que não sou capaz de ajudar, sou o primeiro a ir embora” – Miguel Valença, treinador do BM

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Miguel Valença, treinador do Beira-Mar.
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O Beira-Mar prolongou para quatro o ciclo de jogos a ‘marcar passo’ na Série B do Campeonato de Portugal (CdP) com uma derrota ‘pesada’, e há muito arredada do percurso aurinegro, na receção ao Vitória SC B (1-5), caindo para o 12º lugar, cada vez mais longe do objetivo traçado.

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Será preciso regressar a setembro de 2016, para encontrar a goleada, até ontem, mais expressiva, o que aconteceu no reduto do Trofense, a contar para a Taça de Portugal (6-1), disputava a equipa aurinegra, então, a divisão de elite do futebol distrital.

O próximo jogo, o terceiro na mesma semana futebolística, novamente em casa, é com o Gondomar, equipa que perdeu na receção ao Valadares (1-2) e não vence há dois. Os gondomarenses, no entanto, só perderam por uma vez fora de portas.

Pouco tempo para a equipa de Aveiro recuperar ‘a moral’ abalada por resultados que ficaram aquém das expetativas num plantel ainda mais limitado por estes dias.

No balanço à partida de ontem, Miguel Valença destacou “a qualidade e eficácia” do adversário, sobretudo na primeira parte, que já tinha afinado a pontaria no jogo anterior, com o Salgueiros (3-1). O treinador assumiu que a equipa “não conseguiu transportar para o jogo a qualidade que cada jogador tem” para conseguir um resultado diferente, pecando, também, na necessária contenção das jogadas ofensivas do adversário. “Nunca conseguimos travar as transições com falta e fizeram três golos”, enquanto que as aproximações beiramarenses não surtiram o efeito desejado.

O 4-0, no início da segunda parte, “foi mais uma machadada que enterrou mais a equipa”, mas ainda conseguiu reagir com o golo de honra e criar outras oportunidades mas já sem a tranquilidade necessária para dar em golo, comprometendo, ainda, numa derradeira ocasião que deu no quinto do Guimarães B. “O resultado acaba por ser muito dilatado para o que foi o jogo”, lamentou Miguel Valença.

Os adeptos mostraram desagrado das bancadas, algo que o treinador considerou normal. “A contestação está sempre presente, todos queremos ganhar. O Beira-Mar tem de ganhar sempre. Não é fácil perceber porque continuamos a ter dificuldades em casa…”, referiu, mas colocou a mente já a pensar no Gondomar. “Queremos reagir, ficam três pontos para trás, uma derrota pesada, exagerada. Se não olharmos para o amanhã com a certeza do que queremos para o futuro, não estamos a fazer Agora no dia em que eu achar que não sou capaz de ajudar os meus jogadores a terem melhores decisões e a terem mais sucesso, sou o primeiro a ir embora. Percebemos a contestação, é um período mau, isso fere qualquer equipa, e nesse aspeto somos os primeiros a cobrar”, disse. “Temos de melhorar radicalmente e passar das palavras às ações, trabalhar e modificar para garantir o que queremos”, acrescentou, antevendo uma partida difícil com o Gondomar, que também precisa de pontos.

Discurso direito

“O Beira-Mar tem uma excelente equipa. Começou o jogo muito sólido, mas hoje foi o nosso dia. Tivemos mais uma exibição consistente, o jogo deu-nos o avolumar do resultado. Depois fomos gerindo da melhor possível. Assistiu-se a uma grande partida de futebol, claro que saímos mais satisfeitos” – Tozé Mendes, treinador do Vitória SC B.

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