Atualmente, os jovens sentem uma certa ansiedade e incerteza enorme em relação ao seu futuro. São vários os temas que deixam os nossos jovens preocupados de como será a sua vida a nível profissional, pessoal e familiar.
Por João Sarmento *
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As condições de trabalho e os salários são temas centrais e transversais a toda população, e desempenham um papel crucial para que possamos ter uma vida com dignidade. Foi por isso que, desde 2016, o salário mínimo nacional aumentou todos os anos, fixando-se hoje em 820€. Mas, mais importante que subir o salário mínimo é – mesmo – subir o salário médio. Entre 2015 e 2023, aumentamos o salário médio de 1241€ para os 1505€, um aumento de 264€. E, mesmo tendo aumentado o salário mínimo, a percentagem da população com esta remuneração diminui para o valor mais baixo desde 2016, 20,8%.
Outro aspeto muito importante para os jovens é a sua integração no mercado de trabalho. Com a implantação dos estágios Ativar, criou-se um sistema em que as empresas são beneficiadas por estabelecerem um estágio profissional com jovens trabalhadores. Também aqui fizemos um esforço para que estes jovens pudessem auferir um salário digno. No ano de 2024, um licenciado ou um mestre poderá ganhar mensalmente 1018,52€ ou 1120,37€, respetivamente.
Para os que já são trabalhadores, foi feito um esforço para combater a precariedade através da nova Agenda para o Trabalho Digno. Uma agenda ambiciosa que reduz o período experimental, aumenta a parentalidade do pai para os 28 dias consecutivos e aumenta o período de luto parental ou de um cônjuge para 20 dias.
Ao mesmo tempo que aumentamos os salários e os direitos dos trabalhadores a taxa de desemprego, segundo o Banco de Portugal, diminuiu de 12,5% no quarto trimestre de 2015, para 6,4% no quarto trimestre de 2022. É preciso relembrar este caminho que percorremos enquanto país para dar esperança a toda uma geração de jovens que querem ter qualidade de vida em Portugal.
Contudo, sabemos que ainda podemos melhorar muito. Começando por diminuir as 40 horas semanais para as 35 horas; aumentar os atuais 22 dias de férias para os 25 que outrora foram; valorizar ainda mais os trabalhadores da administração pública, principalmente para os jovens; diminuir a precariedade; e reforçar os poderes da Autoridade para as condições de Trabalho (ACT).
Sabemos que ainda há muita estrada para andar, mas se queremos lutar por melhores salários e condições laborais, temos que continuar pela esquerda!
* Presidente da Concelhia de Aveiro da Juventude Socialista.
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