Na sequência dos acontecimentos ocorridos no país que levam à antecipação de eleições legislativas em março de 2024, tende a instalar-se na sociedade portuguesa uma estranha sensação, para não dizer suspeita, que muita coisa vai parar.
Por António Manuel Marques Nunes *
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Essa sensação é ditada por muitas razões. Desde logo, pela impressão verdadeira ou não de que muitas estruturas do Estado, e não só, correm o risco de, se não pararem, pelo menos retardarem o passo em medidas e decisões. Objetivamente poderá até nem ocorrer, mas, na prática, fica sempre instalada a suspeita e o receio.
De tudo podemos pelo menos ter uma certeza. Seja em que circunstâncias for os bombeiros não vão parar nem alterar regras e orientações para continuarem a apoiar as populações. Faça chuva ou faça sol, eles estarão a marcar a sua posição e as diferentes missões no seio da sociedade.
Também a estrutura dos bombeiros, estribada nas suas associações, poderá vir a ser influenciada ou mesmo atingida por a letargia social que a situação pode provocar, mas, mesmo assim, tudo farão para manter-se a funcionar e a responder a todos os alertas, venham de onde vierem e em que circunstâncias for.
O compasso de espera que se sente poderá vir a afetar a situação, já de si grave, das urgências hospitalares. Trata-se de uma situação com que os bombeiros se debatem há meses e que poderá agravar-se. Em qualquer caso, há a certeza de que, se depender dos bombeiros, nada vai parar.
* Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses.
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